
Sábado.
6 da manhã.
O café.
O dia nasce
da solidão do ovo.
Na gema
o silêncio trama
na clara
brevidade de ser eu mesmo:
- pão humilhado -
na manteiga das palavras.
.
(Toca o telefone.
Agora não.
Quero ouvir o coração da manhã.)
.
***
Um quadro do pintor
aos que me dizem terno adeus
e aos que me negam cumprimento



No dia 31 de Janeiro , o jornalista Boris Casoy mostrou
"Quando se falava com ele e, o que era habitual, ele se deixava ir além dos limites do convencional e dizia coisas pessoais e singulares, então a palestra passava imediatamente a subordinar-se a ele, de vez que havia pensado mais do que os outros homens e tinha nas questões espirituais aquela quase fria objetividade, aquela segurança de pensar e de saber que só possuem os homens verdadeiramente espirituais, que carecem de toda ambição, que nunca desejam brilhar nem persuadir aos demais nem arvorar-se em donos da verdade."