quarta-feira, 4 de abril de 2012

Palhaços Trovadores!!!
Foto: Walda Marques Garcia Marques


Saimos do útero das palavras:
nascemos letras
crescemos com elas:
nossas irmãs/nossas mulheres
não amamos sem elas
vivemos nelas
morremos por elas
até a última página de nosso livro...

*RON


Ah!, esse caminho me leva pro mar das letras


Ultimamente esse mar
tem soletrado o meu
ca-ni-ço
no vício de te
pes-car
de te
cha-mar

*RoN

A bela cantora paraense > Natália Matos.



Será ??? (rsrs)



A Exposição "ELAS" de Drika Chagas



A Exposição "ELAS" de Drika ChagasRon & Drika


Ron & Drika


Daqui a vinte anos sua maior frustração será com as coisas que você deixou de fazer do que com as que você fez e deu errado.

Então solte as amarras e navegue para longe do porto-seguro.

Pegue os ventos de mudanças nas suas velas.

Explore. Sonhe. Descubra.” –


*Mark Twain


Mulheres nas janelas:

bibelôs de carne

fêmeas debruçadas

em tardes compridas...



(Poeminha do *RoN , do livro Cidade Velha)


"Odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia”.



**Nietzsche


O Sábado

lá em cima

lá fora

lá no telhado do ontem


- do hoje tão fora! -



O Sábado

que não me teve

para amar o que não amei

namorar o que não namorei



...Estou lá em cima

entre nuvens...



E o poema me dizendo:

- sim! sim! sim! -


apoiado em mim

deitado em letras

em versos

em meio à manhã

que não me teve...



*RoN
O Sábado lá em cima
lá fora
lá no telhado do ontem
- do hoje tão fora! -
O Sábado
que não me teve
para amar o que não amei
namorar o que não namorei
...Estou lá em cima
entre nuvens...
E o poema me dizendo:
- sim! sim! sim!
-apoiado em mim
deitado em letras
em versos
em meio à manhã
que não me teve...

*RoN
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música e quem não acha graça de si mesmo.
* Pablo Neruda

O CInema Moderno em Belém.



Cinema Moderno: só para lembrar...


Só para lembrar...
Transporte no Pará: Zepelin e carrocinha do leite dos anos 50


Quando as > PESSOAS <

são os riscos, os traços do desenho...






O bacana mesmo é a gente construir o nosso próprio destino...

Grandes Poetas!



Grandes Poetas!
Uma foto muito rara sobre a poesia no Brasil ! Da esquerda para a direita: Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Manuel Bandeira, Mario Quintana e Paulo Mendes Campos.Uma foto muito rara sobre a poesia no Brasil ! Da esquerda para a direita: Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Manuel Bandeira, Mario Quintana e Paulo Mendes Campos.

ESCOLHA O SEU "SANTO MILAGREIRO".

ESCOLHA O SEU "SANTO MILAGREIRO".
Atenção!!! Vc vai ver na TV (logo/logo) os Santos Milagreiros:em campanha para resolver os problemas de Belém.Vc vai ver e ouvir:"eu tenho a solução para a saúde de Belém"."Eu vou parar a violência na cidade."" Só eu resolverei a bagunça do trânsito de Belém.""Comigo > todas as escolas vão funcionar."Escolha o melhor santo milagreiro, amigo.rsrs".
Atenção!!!
Vc vai ver na TV (logo/logo) os Santos Milagreiros:
em campanha para resolver os problemas de Belém.
Vc vai ver e ouvir:
"eu tenho a solução para a saúde de Belém".
"Eu vou parar a violência na cidade."
"Só eu resolverei a bagunça do trânsito de Belém."
"Comigo > todas as escolas vão funcionar.
"Escolha o melhor santo milagreiro, amigo.rsrs
.
Ela
presentifica-se
como espelho
do silêncio da árvore...

*RoN
A Rua vazia
que ela tece
acentua
(e aparece)
a exclamação dobrada
(no seu corpo incorporada...)

*RoN
A vida é veloz
Ela passa velozmente
Não fique distraída
Nem perdida
-A espera nos engana! -
Fuja no vento do amanhã*

*RoN
É aqui
que o teu peixe
perde o fôlego...

RoN

domingo, 18 de março de 2012

O amigo imortal: Poeta Ruy Barata.
O segredinho de bem viver...
A partir de hoje a APP publica uma série de entrevistas com poetas paraenses de diversas tendências que fazem a nossa literatura. A primeira entrevista desta série começa com o poeta Ronaldo Franco – “Poetinha” como Elias Pinto o batizou. Ronaldo é desses escritores boa praça, jornalista e homem culto, que vive de bem com a poesia. Já publicou quatro livros. Autodenomina-se voraz leitor de grandes escritores contemporâneos e circula com facilidade por todas vertentes literárias. Ao ser convidado a dar esta entrevista, o “Poetinha” não se furtou a falar de nenhum assunto. Confiram.




APP - Sua poesia costuma mesclar o regionalismo e o universalismo das coisas com maestria, de onde vem essa sua veia e o que te fez virar poeta?



RF - Do relacionamento com os livros. Compreendendo-me no mundo. Vivendo numa espécie de realidade poética. Sendo rua e casa ao mesmo tempo: - um endereço em algum lugar do mundo de ímpetos, de humores, de dores, êxtases baratos, amores verdadeiros ou sentimentos hipotéticos.



APP - Quem é Ronaldo Franco?



RF - Sou um artesão das palavras. Um trabalhador sem relógios. Sobrevivente dos abscessos da desinteligência. E continuo aprendiz que em dezembro completou 61 anos e que têm quatro livros lançados: “Teia”, “Cidade dos Poetas” (em parceria com o poeta José Maria de Vilar Ferreira), “Cidade das Águas” (em parceria com Alfredo Garcia) e “Lente Feminina” (relacionando-me com as fotografias de Ana Mokarzel e Karol Khaled, produzindo novas imagens incorporadas às palavras).



APP - Como você enxerga o Ronaldo poeta que acaba de completar 50 anos de poesia?



RF - É como se, em 50 anos, o aprendiz não limitasse o tempo de ler e ler e condensasse os poetas que me interessam, para posteriormente desenvolver-me, extraindo deles a força semântica e tornando-me íntimo de suas imaginações. Em 50 anos: sou leitor obcecado escrevendo e reescrevendo versos. Queria ser um João Cabral de Melo Neto, - renovar o dicionário cotidiano. Raciocinar as palavras como um Drummond. “Penetrar surdamente no reino das palavras”. Tornar-me escravo da “linguagem carregada de significado até o máximo possível”, como dizia Ezra Pound. Sou aprendiz: arriscando-me nos andaimes da linguagem. Como um operário das letras.



APP – O que é o poema, como construí-lo, e qual a sua importância?



RF - É uma voz repetindo uma, ou duas palavras junto ao ouvido. Uma coceira de letras no corpo. Imagens soltas na cabeça. Outras encarceradas na memória. Trabalha-se numa viagem até aqui. Ou bem longe. Dentro de um navio com asas. Nas ondas dos caminhos. Onde florescem janelas. Até a palavra nuvem. Até a última pedra. Até logo. Sobre a construção do poema... Não sei teorizar sobre isso. Sinto que o poema é a desconstrução do poeta. É o desmentir-se em versos. Tenho poemas que são pequenas casas construídas com versos curtos, outras com versos longos... Há um lugar nos quintais dessas casas em que o poeta-aprendiz e as palavras se edificam e aí, então, consegue-se um poema conciso, limpo, preciso.



APP - De quem afinal você gosta e quem lhe inspirou, ou ainda inspira?



RF – Gosto de ler: Ruy Barata, Max Martins, José Maria de Vilar Ferreira, Mário Faustino, Pedro Galvão, Ferreira Gullar, Mário Quintana, Carlos Drummond, Jorge de Lima, Vinicius de Moraes, Manuel Bandeira, Stéphane Mallarmé, Tristan Corbière, Charles Baudelaire, Maiakóvski, Walt Whitman, Dylan Thomas, Sylvia Plath, Ezra Pound.



APP - Quais os poetas da nova geração que mais lhe chama à atenção?



RF – Chamam-me à atenção poetas do nível de: José Maria de Vilar Ferreira e Max Martins.



APP - Como o autor e o leitor em geral podem descobrir a poesia?



RF - Escrevendo-a e lendo-a como documento humano. Com o autor cumprindo o tríplice preceito horaciano – ensinar, deleitar e comover (docere, deletare, movere).



APP - Seu blog completa um ano e que o levou a criá-lo?



RF - O blog é novinho. E dá trabalho trocar suas fraldas na madrugada. Completa um ano agora em fevereiro...



O que me levou a criá-lo?...A pergunta não é descabida... Cabe no impulso de divulgar o artista desconhecido entre os mais visíveis. A fórmula deu certo: os palcos ficaram mais amplos e platéias mais democráticas.



APP - O blog tem a característica de não falar do autor, no caso o Ronaldo Franco, mas, sim, de autores, espetáculos e outras atrações não tão em voga na mídia. Fale um pouco sobre esse perfil do blog.



RF - O autor publica seus poeminhas... Mistura-se com Gullar, Dylan Thomas, Drummond... O blog é o espetáculo (- visível -) de todas as raças culturais. De todos os palcos: de nossa Ourém, do nosso Teatro da Paz, do pagode do bar da esquina, do Brasil e do mundo.



APP - Os blogs são ferramentas de comunicação que abrem portas e fecham ineditismos. Como você entende isso?



RF - O blog tem que abrir veredas. Como o Guimarães Rosa: em trilhas, sertões, horizontes. E que o leitor os vá (oswaldianamente) explorar. E que coma o biscoito fino.



APP - Quem você destaca na literatura paraense, na poesia, e na prosa?



RF - José Maria de Vilar Ferreira e Max Martins (na poesia). Dalcídio Jurandir e Benedito Monteiro (na prosa)



APP - Quais são seus planos para os próximos 50 anos de poesia?



RF - Aposentar a poesia do seu difícil trabalho de estar comigo.



APP – Como a sua poesia dialoga com a fauna e flora em ameaça constante?



RF - A minha poesia dialoga (primeiramente) com a Ecologia dos Afetos. Como reconstrução da humanidade. Como investimento ético-afetivo. Uma ética que permita recuperar o sentimento pelo outro, pela fauna e flora.



APP- O que você considera poeticamente correto em Belém e no belenense de maneira geral?



RF - Chupitar um sorvete enquanto a tarde some...



APP – Para concluir, qual é a estrela de Belém?



RF – Esse!...



Esse Ruy é minha rua



O Paranatinga inesperadamente fechou abril

Rapidamente

abriu-se o rum do vazio

O rio sabe o rumo

do boto boêmio

A boemia rema

saudade do poeta inexaurível

O argonauta de bares

aporta na rima extrema

Pelos ares:

um pixé de solidão na cidade

Nel mezzo del camim

um Ruy sem fim

pisa nos calos da lua

Esse rio sem endereço

É minha rua.

Na foto: Ronaldo Franco com a artista plástica
Drika Chagas.



***
No FDS:Esse sorriso (aqui) ninguém vai roubar... Ninguém!rs

terça-feira, 6 de dezembro de 2011









Seria despropositado dizer uma mínima palavra sobre Juliana.
Ela é um dicionário de surpresas...

O professor brasileiro Raul Reis (foto)assumiu a direção da escola de Jornalismo da Florida International University, nos Estados Unidos. "Estou honrado em participar de uma instituição tão talentosa quanto a Escola de Jornalismo e Comunicação de Massa (SJMC), cuja visão se encaixa perfeitamente em meus princípios - produzir pensadores críticos que entendam, decifrem e interpretem as questões globais referentes ao jornalismo e à comunicação de massa", ressaltou o acadêmico.
Graduado pela Universidade Federal do Pará, em Belém, e com doutorado pela Universidade de Oregon, Reis foi professor da Universidade do Estado da Califórnia, além de trabalhar em veículos brasileiros. Em seu trabalho no exterior, ministrou cursos sobre jornalismo no Brasil, entre outras atividades.

Meus Queridos Amigos
"E que não haja outra finalidade na amizade a não ser o amadurecimento do espirito."*Gibran Khalil Gibran



Essa singela fotografia me faz bem...
(Como se eu fosse de repente a criança chutando as águas...)

‎"De vez em quando é preciso subir num galho perigoso, porque é lá que estão as frutas"
Will Rogers



Atravessar o rumor das ruas
Lentamente
Mastigar os passos
E das árvores, sob o olhar
Colher uma tarde
De:
Jac Rizzo
"...cada retrato de outra pessoa é um auto-retrato..." Mario Cohen - design e curador
Mesmo fotografando outros, estamos sempre fotografando nós mesmos, nossas paisagens interiores. Uma boa foto captura a humanidade que havia naquele momento.