POST SCRITPUM
I
esbagaçar isso sem riso só risco
expresso rápido cometa
sem hã?pulheta balança pesares
onde quilos da mais justa parábola
aqui tudo já é ruína rumina rotina
acabou foi pro bele(m)léu
pular fora sartar
não ficar pra comandante-em-bronze
o fona a abandonar barco náufrago
da loucura apartada espartilho
revém cobrando dividendos
sair de mim
da mina
ir além das tordesilhas
geografias proas e prumos
fausto fáustico faustino
inventário do fogo
na terra de febres terçãs
competir o mau combate
o alvo ao tiro
o sus silêncio senado sonado
o que me vai o que me fica explica
às vezes ao espelho espalho o visto
um buraco na testa
no meio névoa de sangue o fim o filete
mas a vida reclama o proposto propústula
levar adelante ab ovo ad mala allegro
o corpo seu peso recusa recuerdo
na tristeza mais bela a mulher e zelo teu abandono
depois rasgar esse papéis-tiaras
nada valem nada trocam nada tocam
desse barco dervixe dessa água à deriva
zarpar e nunca mais não vem que já não tem
inútil falar: me salva me leva me lava me louva
dizer: vem vambora vamonessa simbora
II
sono e das frutas somos a soma e nela o menos
morro e acabo doucabo o cabo contorno
tocaia de mim de emboscada embolada
seis horas e um pêndulo novenas e um pomo o tomo
dolor do amor do amor e dor torvelinho
o texto tecido cerzido em nós pregas e agulhas
espetam fundos alfinetes
costuram tua pela à minha narinas marinhas
perfumes pólen
e toma e bebe e come e saúda saúde e
taças por mim brindes e troças de mim
dizeres falares falos furnas fendas fones
atendes? alô? está lá? quem? saiu?
não precisa sim mais tarde depois amanhã
vês vês? vezes quem? vesperal vespertina manhã outorgada
cumprimentos enleios leio loas destrato desfaço nego
renego três vezes nego
remoço rimo translitero ali quero quis fiz falhei
fui não sou não és
reino por ti reinas de mim reinante
reinada reinódoa
e romanceias e posas romana eterna e triste
eslovaca sagrada croácida cunha encravada
comiseras legas o paraíso o pênsil pilatos
são os fatos os fardos os fados fadados os enfardados
faturados compactuados fancaria
farnel de dobo dalmado
duzentos quanto desejares trezentos o nazareno o lazarento
e ainda o rato a rata errata
crônica de sol a sol crônico solário
desnoite desdia desdequando desdezembro desdêmona destamanho
desdesempre destempero
vergo verso verto ver-te ver-se reverter-se revivisto revivendo
rezo e rogo rodo a régua escumalho esquadrinho no imo escaninho
ex-canino escárnio escarro
esbarro a estátua que és convertida em barro embargo
os negares do sim os quereres do não
III
infeliz à cidade a idade
do ignorar
**Poeta Elias Pinto **
.
I
esbagaçar isso sem riso só risco
expresso rápido cometa
sem hã?pulheta balança pesares
onde quilos da mais justa parábola
aqui tudo já é ruína rumina rotina
acabou foi pro bele(m)léu
pular fora sartar
não ficar pra comandante-em-bronze
o fona a abandonar barco náufrago
da loucura apartada espartilho
revém cobrando dividendos
sair de mim
da mina
ir além das tordesilhas
geografias proas e prumos
fausto fáustico faustino
inventário do fogo
na terra de febres terçãs
competir o mau combate
o alvo ao tiro
o sus silêncio senado sonado
o que me vai o que me fica explica
às vezes ao espelho espalho o visto
um buraco na testa
no meio névoa de sangue o fim o filete
mas a vida reclama o proposto propústula
levar adelante ab ovo ad mala allegro
o corpo seu peso recusa recuerdo
na tristeza mais bela a mulher e zelo teu abandono
depois rasgar esse papéis-tiaras
nada valem nada trocam nada tocam
desse barco dervixe dessa água à deriva
zarpar e nunca mais não vem que já não tem
inútil falar: me salva me leva me lava me louva
dizer: vem vambora vamonessa simbora
II
sono e das frutas somos a soma e nela o menos
morro e acabo doucabo o cabo contorno
tocaia de mim de emboscada embolada
seis horas e um pêndulo novenas e um pomo o tomo
dolor do amor do amor e dor torvelinho
o texto tecido cerzido em nós pregas e agulhas
espetam fundos alfinetes
costuram tua pela à minha narinas marinhas
perfumes pólen
e toma e bebe e come e saúda saúde e
taças por mim brindes e troças de mim
dizeres falares falos furnas fendas fones
atendes? alô? está lá? quem? saiu?
não precisa sim mais tarde depois amanhã
vês vês? vezes quem? vesperal vespertina manhã outorgada
cumprimentos enleios leio loas destrato desfaço nego
renego três vezes nego
remoço rimo translitero ali quero quis fiz falhei
fui não sou não és
reino por ti reinas de mim reinante
reinada reinódoa
e romanceias e posas romana eterna e triste
eslovaca sagrada croácida cunha encravada
comiseras legas o paraíso o pênsil pilatos
são os fatos os fardos os fados fadados os enfardados
faturados compactuados fancaria
farnel de dobo dalmado
duzentos quanto desejares trezentos o nazareno o lazarento
e ainda o rato a rata errata
crônica de sol a sol crônico solário
desnoite desdia desdequando desdezembro desdêmona destamanho
desdesempre destempero
vergo verso verto ver-te ver-se reverter-se revivisto revivendo
rezo e rogo rodo a régua escumalho esquadrinho no imo escaninho
ex-canino escárnio escarro
esbarro a estátua que és convertida em barro embargo
os negares do sim os quereres do não
III
infeliz à cidade a idade
do ignorar
**Poeta Elias Pinto **
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