CidadadadadedeD
Suuurda: zonoros?: playbois
arreganham o carro
e vomitam ruídos
.
Ciudad
lambisgóia de lamas
donde pululam flores de sombrinhas abertas
tulipas alecrim malva-riscos quase azuis
.
Cidaadde
de poluydos fados:
faixas, autidores, pichadores e políticos
que se mascaram nos postes
dos cantos escrotos
.
Onde as calçadas planas e limpas
pra se andar e namorar?
.
(um barão abre o teto conversível de sua
mercedes
e sapeca uma casca de coco na via
pública;
barão que dorme em belém mas sonha
com maiami e a barra da tijuca:
os barões daqui não gorjeiam como os
de lá?)
.
citycidurbano(na)morada
minha res-public-idade
a 5 graus de latitude sul:
o norte
o desnorteloteamento.
.
II
Gragalhadas na miséria,
Capins crescendo na consciência da
periferia
As invasões avançam, ó city, por sobre o
asfalto das águas
e o burguês vira as costas para o
horizonte, velado
.
vetado
O vendedor de pirulitos
Emprestou-se para o tabuleiro
das vontades.
A cidade teve hortas
Vivendou vacarias e validou o assassínio
das mangueiras:
"a cidade tem que ser um imenso pomar.
Ah! Calor insuportável!", diz a mulher de
Itaiara
(um ex-alcaide queria desovar as
mangiferas indicas)
.
Açuicidiodade
galhofa nas feridas de asfalto
das vozes de per-ferias
zumbalacobacos nas aparelhagens
gatunas da silenciocidade.
O que fiz dos gritos poluídos
dos pregões de punhê jornalê tapioquê?
.
Surta em minhas retinas
no fogo fátuo do vendedor de pamonha
: panorâmicas
.
Campos redemoinha teu nome, cite: belém
de paris! Qual o quê, belém de parada,
donde meus olhos encravaram-se rubis,
Olho de boto, feito semente de guaraná:
carocinho de tucumã não brotou. Ou sim?
Citysíti'urbanociiiidaade.
....
* Do seu livro > Ou: poemas não são linguagens
***
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