segunda-feira, 31 de maio de 2010

Entrevista Relâmpago:uma pergunta chuvisco e uma trovejante resposta do cronista Elias Ribeiro Pinto
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RF:: Como vai a cultura no Pará, com maiúscula ou não, a oficial e a que anda nas ruas?
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Elias Ribeiro Pinto:

- Prezado poetinha, nem vou citar nomes, sejam palacianos, sejam mundanos. Tivemos, de uns tempos mais recentes para cá, ocupando a cadeira de secretário de Cultura, egos inflados, inflamados e inflacionados - hein, superfaturados? Quem falou?

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O ideal seria, eleito o governador, este escolhesse um nome acima de futricas, das intrigas, das vaidades e veleidades, das igrejinhas e das composições políticas, partidas do próprio partido ou da balança dos apoios e conchavos.
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Mas deveria ser assim em qualquer secretaria, não é, meu livro de cabeceira?
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Se bem que a de Cultura é meio assim um pintinho feio, pasta de segundo ou terceiro escalão, por isso, às vezes também preenchida por nomes vindos de partidos de igual ou pior escalão, diria até de baixo escalão.Daí, santo paraodoxo, homem-morcego, é possível até indicar, apartidariamente, um homem de confiança para o cargo.
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Um novo secretário teria de fazer uma varredura para desinstalar, literalmente, capitanias hereditárias que, como cracas, se agarram aos escaninhos culturais, discursando vanguardismos de um lado, salvaguardando o contrachequismo do outro.
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Destinam bolsas que circulam sempre entre os mesmos bolsos, fiéis a igrejinha em que rezam o sonante terço que alardeiam dissonante.
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Mesmo quando aplicado um potente antiviral e o paciente parece recuperado, entocam-se, esses capitães enganchados na cultura, dormentes, na medula estatal.
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Nosferatus, retornam das sombras quando uma célula da patota lhes abre as portas dos fundos, recolocando-os em circulação no organismo, ou instituto, hospedeiro.
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O novo secretário de Cultura, homem de confiança do futuro governador, sem ser homem de partido, precisa chegar à ex-residência oficial governamental sabendo o que precisa ser feito. Sem essa de convocar a classe artística para "ouvir suas reivindicações".
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Assim não se sai do chão, como pede a Ivete Sangalo e sua seguidora calipígia, digo calypsoooo. Depois se fala com a "catiguria". Se desmamados caírem no berreiro, conceda as bolsas, editais e mamadeira$ de sempre.
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É preciso ganhar tempo para fazer o que precisa ser feito.
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E o que precisa ser feito, já, é disseminar, semear bibliotecas por todo o Estado. E quando falo biblioteca não me refiro apenas a prédios e livros, mas mobilizar o circuito cultural para gravitar em torno do livro, dessas bibliotecas.
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Dotadas de computadores, acesso à internet, professores, promotores culturais, com espaço para shows, palestras, seminários (e muitos livros, claro), essas bibliotecas seriam polos irradiadores de cultura, o meio mais adequado de levar o sopro civilizador às sufocantes periferias da capital e do Estado (que é quase todo periferia).
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Perguntem aos prefeitos paraenses (mas não perguntem ao prefeito de Belém, que este é a própria droga) como as drogas e seu cortejo criminoso vêm emparedando o horizonte das novas gerações. Assim como na capital.
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É preciso que a cultura (com maiúscula ou minúscula, mas presente, andante, a cavaleiro), aliada a secretarias afins, promova uma corrente de civilização, amaparada no livro e suas ramificações (incluindo os novos suportes eletrônicos) para reconquistar o jovem, iluminar os caminhos da criança, educando-a para os desafios de se criar nesse mundo indócil.
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A docilidade do conhecimento adoçará a besta.É possível, é real.
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Um tanto de Glauber, outro de Darcy, de Lúcio Flávio, de Doroty, de Jk (pela ousadia e pela simpatia), temperos para um caldeirão de amor ao Pará, sem divisões, gigante pela própria natureza (enquanto não vai, definitivamente, ao chão, e seus subsolos, subtraídos).
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RF: Até.

EP: Até.
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HAIKAI Tradução:

crisântemo branco
sequer um grão de areia
ao alcande dos olhos

Bashô
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domingo, 30 de maio de 2010

CaCá (Carvalho): o nosso craque C u l t u r a l !
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Hoje > no Diário do Pará > respondendo à pergunta de Dominik Giusti:
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Como você analisa as políticas públicas de cultura do Estado?
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Cacá: Eu acho que não só o Pará, ou Belém, mas talvez uma geração tenha sido penalizada porque a gestão cultural, no sentido de quem detém o poder de gestão, é formada por elementos que não são ativos culturais, porque o ativo cultural precisa gostar de gente e de cultura, e da cultura da gente.
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Normalmente são cargos de natureza política, de gente que gosta de política com a cultura, e não de política cultural.
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É preciso pensar na cultura ativa, que provoca o desenvolvimento do cidadão. A cultura é humanitária, pensa no homem, não no evento político da cultura tão somente.
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Mas esse não é o problema de Belém ou do Pará, de jeito nenhum.Eu não faço política cultural, nem pretendo fazer, mas não vejo os gestores fazendo algo para aquele outro, que na realidade é igual a nós, que não vive, mas dorme sob o calor úmido desse berço em que nascemos, que é essa cidade.
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Ninguém poetiza sobre a cultura.
Não se pode ver a vida apenas pelo lado pragmático e objetivo. A cultura é subjetiva.
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O título do espetáculo que eu trago é altamente significativo. Quando eu falo "O Homem Provisório" é porque acredito que este estado em que vivemos é provisório.
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Uma nova qualidade de homem precisa nascer, e uma nova qualidade de homem depende de cada um de nós.
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É bom que fique claro que não é uma crítica de A ou B que está sentado na cadeira fazendo gestão de secretaria em Belém ou Pará. Digo isso para o Matarazzo em São Paulo. Não é contra isto, é contra o todo.
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Não dá para ser mais no mesmo sistema, nem no voto, nem no comportamento ridículo dessas pessoas que estão no poder.
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Eu e milhões não merecemos ser tratados como gado.
Eu falo em meu nome e em nome de milhões.
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sexta-feira, 28 de maio de 2010


A Sexta > com a bela e afinadíssima vocalista Fernandinha > da Banda Batom Carmim.
(Fernandinha e Flavinha encantando nos shows)






Caros Leitores: Desejamos um FDS com todas as ternuras do mundo. Até > segunda.
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terça-feira, 25 de maio de 2010

O PT do Pará > perdeu a militância apaixonada dos professores.

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A falta de respeito com os professores paraenses > abre léguas de distância do vermelho
que anunciava dias melhores > para os operários do ensino público.
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A grande decepção que os professores estão sofrendo > agiganta a rejeição pela administração do governo petista.
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Maria Lídia em Santarém Em casa: abre os braços longamente para navegar no seu rio.
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A notícia no jornal O Liberal de 22/05

Os tambores da deputada Simone Morgado e do deputado Arnaldo Jordy são desafinados.
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Declaração da deputada Simone Morgado no jornal O Liberal (de 22 de Maio)> de que a Secult comprou "trompete de R$1.600 por R$ 18.000" e repetida pelo deputado Arnaldo Jordy no Twitter > não é verdadeira.
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O trompete de R$ de 18.000 foi comprado pela SEDUC.
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Os deputados devem desculpas ao tranquilo ex-Secretário de Cultura > Edilson Moura.
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A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária deve ter e manter responsabilidade dobrada em suas declarações.
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segunda-feira, 24 de maio de 2010







Élida:
Viaja (pelo Pará) a sua proposta ecológica.
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Uma "eco-ternura" que mostra como a "contaminação" da natureza
é consequência de uma "contaminação" dos maus sentimentos.
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Élida: é a viagem do seu encanto

para o encantamento de seu trabalho.

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Toquem os Trompetes de Ouro do Edilson Moura:

O Sol está lindo.


Bom Dia !!!

(No Liberal - Digital de 24/05/2010: "Da Secult a gente ainda vê o caso do trompete de R$1.600,00 comprado a R$18.000,00 > afirmou a Deputada Simone Morgado > da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária)
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Frases do Escritor Nelson Rodrigues


*Só o rosto é indecente. Do pescoço para baixo, podia-se andar nu.
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* O artista tem que ser gênio para alguns e imbecil para outros.
Se puder ser imbecil para todos, melhor ainda.
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* Só o inimigo não trai nunca.
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* Ser bonita não interessa. Seja interessante!
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*Se os fatos são contra mim, pior para os fatos.
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*Nada mais cretino e mais cretinizante do que a paixão política.É
a única paixão sem grandeza, a única que é capaz de imbecilizar o homem.
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* O amoroso é sincero até quando mente.
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* Acredito que a maior tragédia do homem ocorreu quando ele separou o amor do sexo. A partir de então, o ser humano passou a fazer muito sexo e nenhum amor. Não passamos do desejo, eis a verdade. Todo desejo, como tal, se frusta com a posse. A única coisa que dura além da vida e da morte, é o amor.
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*Acho o homem extremamente desagradável.
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* Se a pessoa é burra e não entende, o problema é dela. Burro nasce que nem capim.
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Dia 13/06 > no Pier 11 Janelas (19 hs)
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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Advertência aos biógrafos de Dilma Rousseff
(que não demorarão a pulular)(clik sobre as fotos > vc vai vê-las ampliadas)
Em sua obra pré-eleitoral, ela às vezes é Norma Bengell; em outras Nelson Mandella.
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De manhã é católica;
à tarde, evangélica;
à noite
macumbeira.
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Seu currículo inclui diplomas e créditos de faculdades que não frequentou.
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Tudo o que diz lhe é soprado ao ouvido.
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Qual é a vida, qual é a obra?
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Hoje nem Dilma deve saber.
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* Ruy Castro > Hoje > no Diário do Pará.
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quinta-feira, 20 de maio de 2010

O blábláblá político do Pará entre A Bela e A Bela > nas páginas dos jornais.
Responda o leitor: quem mente feio?
A deputada Simone ou a governadora Ana Júlia?
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A governadora disse:"Não estou preocupada com os relatórios da AGE, pois sou responsável pela implantação do órgão no Estado."
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A deputada disse:"O economista e professor Sérgio Bacuri já nos confirmou que a AGE foi criada em 29 de dezembro de 1998, obedecendo à Lei 6.176, durante o governo de Almir Gabriel. É um absurdo dizer que foi ela a responsável pela implantação da AGE no Estado."
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Ana Lia Sherer
A Deusa dos Igarapés!
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HOJE: no jornal Diário do Pará
Agradecemos a generosa homenagem do Jornal Diário do Pará. (RF)
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Clik sobre os textos >>vc vai vê-los ampliados.
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J.J. Jackson está em Belém Para fazer 3 apresentações neste final de semana no Baicool Jazz Club, começando hoje.
Reservas de mesas pelos telefones: 8161-1992 e 3289-6632. O Baiacool Jazz Club fica na rua dos Mundurucus, próximo à Dr. Moraes.
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Estreia de Nanna Reis
Hoje >no teatro Margarida Schivasappa: Show "Brasilidade".
O espetáculo contará com a participação de Alfredo Reis (campeoníssimo de vários festivais de músicas e pai de Nanna) e Adriano Cruz, além do chorinho do grupo maravilhoso "Charme do Choro" e o batuque do "Trio Manari".
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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Camila A canção que abraça o violão...
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Feira do Som > com Edgar Augusto *Se papai ainda estivesse aqui, faria hoje 90 anos. Continuamos a sentir a sua falta.
Mas, onde estiver, ele com certeza receberá o nosso abraço cheio de saudade.
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*Uma grade vem sendo colocada para fechar a calçada do edifício Palácio do Rádio, na Presidente Vargas. Consta ter sido idéia do síndico. Que não é daqui.
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*Numa cidade abandonada pelo poder municipal, muitos parecem se achar no direito de impor sua própria estética. É flagrante que a grade desfigura o velho edifício, mexe com a paisagem da avenida. Porém, quem irá protestar para tirá-la? O condomínio deve ter aprovado.
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*O que não se discute é que o outrora imponente Palácio do Rádio foi tragado pelos novos tempos, os mesmos que acentuam cada vez mais a notória decadência do centro comercial da capital do Estado. Ninguém demonstra se preocupar com ele.
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Depois de 15 dias na Itália, onde ministrou oficinas de percussão. Dadadá Castro volta a Belém depois da manhã.

E, claro, trazendo a Jozebel.
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Élida na Playboy "A pedido da Playboy, Élida (ex-assessora da governadora Ana Júlia) mostra boa parte de sua competência."
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IGUAL - DESIGUAL Eu desconfiava:

Todas as histórias em quadrinho são iguais.
Todos os filmes norte-americanos são iguais.
Todos os best-sellers são iguais.
Todos os campeonatos nacionais e internacionais de futebol são iguais.

Todos os políticos são iguais.

Todas as mulheres que andam na moda são iguais.
Todos os sonetos, gazéis, virelais, sextinas
e rondós são iguais
e todos, todos
os poemas de verso livre são enfadonhamente iguais.
Todas as pessoas do mundo são iguais.
Todas as fomes são iguais.
Todos os amores são iguais, iguais, iguais.
Iguais todos os rompimentos.
A morte igualíssima.

Todas as criações da natureza são iguais.
Todas as ações, cruéis, piedosas

ou indiferentes são iguais.

Contudo o homem não é igual a nenhum outro
homem, bicho ou coisa.
Ninguém é igual a ninguém.
Todo o ser humano é um estranho
Ímpar.
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*Drummond
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