segunda-feira, 29 de setembro de 2008

sábado, 27 de setembro de 2008

Um poema para ler e reler...


"Vem por aqui" - dizem-me alguns com olhos doces.
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!".
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
.
A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre da minha mãe.
.
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!" ?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
.
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
.
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura!
Levanto-a como um facho, a arder na noite ecura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
.
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui!".
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou,
Sei que não vou por aí!
...
Foto de Ana Mokarzel.
Poema: Cântigo Negro de José Régio.
****

Elza Soares > em Belém



Sandra Vianna: Voz e Emoção > em São Paulo


sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Palavras de Dora Kramer


"Na campanha brasileira, interessa o programa eleitoral mais bem produzido, o marqueteiro mais esperto, a tirada mais elaborada, a promessa bem sacada. E enunciados quanto mais ocos, mais bem aceitos. Já problemas intricados, idéias com começo, meio e fim, cobranças pesadas não sensibilizam, antes atemorizam o eleitor brasileiro."
***
( Tristíssima realidade ! )

No Jornal O Liberal


Comentário do jornalista Bernardino Santos:
"Visitei o blog do poeta Ronaldo Franco e gostei muito.Com doçura e sem veneno,
ele repassa aos internautas as dicas do movimento cultural de Belém.
.
(O Blog das Letras >> agradece.)

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Biratan Porto no Boteco


Pocket Dez


O Maior Festival de Reggae da Cidade


Lançamento de Revista Virtual


No ar, melhor na rede (web) desde o último dia 18 de setembro a revista eletrônica de arte e cultura contemporânea feita em Belém.
É a Não-Lugar ou www.naolugar.com.br. Mas Belém é apenas o ponto de partida, o porto onde são colhidas e escolhidas todas as matérias e imagens dessa revista inovadora.

O nome já anuncia o conceito da revista, arte e cultura são os únicos territórios possíveis. E reitera o editorial “O não-lugar é um lugar que existe. A arte é uma cidade dentro dele. A literatura às vezes não é texto, é uma vista de lugar nenhum. E a música que toca por lá é no mínimo, ruído. Uma revista é uma patrulha que vistoria e coleta tudo o que lhe diz respeito. A respeito disso a revista Não-Lugar apresenta-se como a mais nova coletora, divulgadora e crítica de cultura e arte contemporânea”.

“A revista será desenvolvida através de tema escolhido pelo editorial”, “o tema escolhido para o primeiro número é Paisagem”, explica Danielle Fonseca, e dentro desse foram selecionados artistas, curadores, escritores e músicos, que de alguma maneira transitam em algum tipo especial de Paisagem.
São eles: Alexandre Sequeira (PA), Augusto de Campos (SP), Bené Fonteles (PA), Brígida Baltar (RJ), Cid Campos (SP), Cristiano Lenhardt (RS), Elida Tessler (RS), Fabiana Wielewick (SC), Marisa Mokarzel (PA), Rosario Lopez (Colômbia), Sabine Dehnel (Alemanha), Vicente Franz Cecim (PA) e Waléria Américo (CE). A revista também apresenta uma versão em inglês.
A editoria é formada pelas artistas visuais Danielle Fonseca, Keyla Sobral e Roberta Carvalho.E segundo Keyla Sobral a Não-Lugar é “mais que uma revista, é um sonho, que não só divulgará a arte e a cultura contemporânea”, e vale também lembrar que “por ser on-line a acessibilidade poderá ser feita de qualquer lugar do mundo, é um território sem fronteiras”. E reitera Roberta Carvalho “estamos num momento virtuoso da cultura contemporânea, aonde a virtualidade cria um novo paradigma de comunicação, aonde segundo Pierre Levy o virtual não é ausência de existência e sim uma metáfora da presença”. Acesse faça um passeio diferente pela paisagem.

. .......

domingo, 21 de setembro de 2008

Poeta Ruy Paranatinga Barata

Esse Ruy é minha rua
( Ronaldo Franco )
.

O Paranatinga
inesperadamente fechou abril
.
Rapidamente
abriu-se o rum do vazio
.
O rio sabe o rumo
do boto boêmio
.
A boemia rema
saudade do poeta inexaurível
.
O argonauta de bares
aporta na rima extrema
.
Pelos ares:
um pixé de solidão na cidade
.
Nel mezzo del camim
um Ruy sem fim
pisa nos calos da lua
.
Esse Ruy sem endereço
é minha rua...


****


sábado, 20 de setembro de 2008

Ensino de música é aliado da operação "Força pela Paz"

Da RedaçãoAgência Pará

Cursos de música promovidos pela Fundação Carlos Gomes (FCG), na capital e interior do estado, estão entre as ações integradas da operação Força pela Paz, iniciada dia 1º de setembro no bairro da Terra Firme e, posteriormente, no Guamá, Jurunas, Cremação, São Braz e Marambaia.
Bairros que registram grande índice de violência foram priorizados pelo governo. O balanço parcial da operação será divulgado nesta quinta-feira (18).

Reprimir a criminalidade e propor ações sociais nas áreas de periferia da cidade são objetivos da operação. Mais do que ações repressivas das polícias, o objetivo é implementar políticas de prevenção, como os projetos Música e Cidadania e Música na Escola. Criados há cerca de 10 anos, foram incrementados desde março de 2007. Até hoje, cerca de 3 mil pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos, foram atendidas, inclusive portadores de deficiências.
O "Música na Escola", com o ensino de música de qualidade, é um atrativo para os alunos, uma forma de mantê-los em sala de aula. Ao mesmo tempo, é um instrumento de humanização no processo de integração social, um meio eficiente de aprimorar a sociabilidade, elevar a auto-estima e despertar a sensibilidade.

Em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a iniciativa atende alunos da rede pública estadual e já chegou aos bairros da Sacramenta, Bengui, Marco, Condor, Jurunas, Guamá e Nova Guanabara, além do distrito de Icoaraci.

Inclusão - Com diferentes metodologias, o projeto Música e Cidadania é voltado para ONGs, associações e entidades de cunho cultural e educacional. O projeto abrange outro, o de Musicalização para Pessoas com Deficiência, resultado de uma parceria com a Associação Paraense de Pessoas com Deficiência (APPD).

Os professores que ministram os cursos recebem capacitação técnica e psicológica, para que avaliem a potencialidade e a diversidade dos alunos interessados em aprender flauta doce, violão, cavaquinho, teclado e canto, com ênfase em música popular.

“O nosso principal objetivo é que todas as pessoas podem e devem ser incluídas em processo de aprendizagem dessa natureza. Para tanto, nossos profissionais ficam em constante pesquisa e investigação a respeito das alternativas metodológicas para o ensino de música, pois este é um direito de todos”, resume Antonio Carlos Braga, superintendente da Fundação Carlos Gomes.
A FCG, com o projeto Música no Interior, firmou convênio de cooperação técnica e financeira com diversas prefeituras, o que permitiu a implantação e manutenção de escolas de música no interior do estado, estimulando também a preservação das tradicionais bandas de música, características de várias cidades paraenses. Entre os municípios contemplados pelo convênio estão Bragança, Curuçá, Marabá, Ponta de Pedras, São Caetano de Odivelas e Soure.

Resultados – A música é um eficiente instrumento de socialização e o efeito de sua aplicação no universo da educação é comprovado. Nesse sentido, a educação especial foi contemplada nos projetos da Fundação Carlos Gomes. Em pouco mais de um ano, cerca de 150 pessoas participaram dos cursos oferecidos. Deste total, aproximadamente 40 alunos são jovens de 13 a 18 anos.

O efeito da aplicação da música, no ensino que envolve uma abordagem clínica com pessoas com deficiência, é surpreendente e pode ser visto nas apresentações públicas destes alunos. O solo de teclado de um portador de Síndrome de Down é um exemplo. Segundo Dayse Addario, assistente social e coordenadora do projeto de Musicalização para Pessoas com Deficiência, as apresentações sempre emocionam o público.

Dayse conta que os professores aprendem em cursos de especialização a utilizar técnicas especiais. No caso do portador de Síndrome de Down, os teclados foram pintados com cores variadas, para despertar o interesse do aluno. Para ela, os resultados são “fantásticos”, como o de uma aposentada de 60 anos, conhecida como Dona Babila, que tem artrose. Depois de anos de fisoterapia, mal conseguia abrir as mãos, mas em um ano começou a tocar violão.

Os projetos da Fundação Carlos Gomes abrem caminho para uma integração capaz de despertar talentos, orientar e capacitar crianças, jovens e adultos, respeitando a individualidade e as necessidades especiais de cada um.

Texto: Luciane Fiuza – Secom
Ronaldo Franco - FCG

Hoje: no Jornal Diário do Pará

Comentário do jornalista Elias Ribeiro Pinto:" Que tal, neste sábado, dar um passeio pela mais completa feira cultural da cidade, literalmente, agora, ao alcance de sua mão ?
É só dar uma passada no blog do compadre Ronaldo Franco. Da trilha sonora que embala a cidade aos lançamentos literários e exposições que a movimentam, o leitor, depois de um rolê virtual, confere e escolhe o seu programa do dia. Ah, e boa parte das entrevistas da minha seção domingueira Boteco das Letras está em cartaz por lá".

O Blog das Letras >> agradece.

****

Elvis não morreu


Clik sobre o texto >> a imagem será ampliada.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Tv Jovem Pan na XII Feira do Livro


O Rei Da Noite: Fernando Torres


Clik sobre o texto > vc vai ver a imagem ampliada.

O primeiro acorde


Anima Mundi Especial Pará 2008

O Anima Mundi Especial Pará 2008 exibe nesta sexta-feira, dia 19, dois longas inéditos no Brasil: “Belowars” , do brasileiro Paulo Munhoz, e “Idiots and Angels”, do americano Bill Plympton.

A programação começa às 16 horas, na Estação das Docas, com a sessão infantil, e traz ainda os filmes da sessão Curtas 1. O Anima Mundi Especial Pará é realizado pelo Instituto de Artes do Pará (IAP), com apoio da Organização Pará 2000. Os ingressos custam R$ 2,00 (R$ 1,00 para estudantes) e podem ser adquiridos na bilheteria do Cine Estação, a partir das 13h.

“Belowars” (Brasil, 2007, 1h11’), é uma adaptação do livro infanto-juvenil “Guerra Dentro da Gente”, do escritor Paulo Leminski (1944-1989). O filme foi convidado para representar o Brasil na mostra Cicdaf 2008 - China International Animation and Digital Arts Festival, que acontecerá de 28 de setembro a 1º de outubro.

O segundo longa da programação é “Idiots and Angels” (EUA, 2008, 1h18’), animação em lápis sobre papel do veterano animador americano Bill Plympton. Angel, um homem egoísta e sem ética, acorda certa manhã com asas nas costas. Ele tenta desesperadamente se livrar delas, mas acaba tendo que lutar contra aqueles que vêem nas asas um caminho para o sucesso e a fortuna. Indicado duas vezes ao Oscar, Plympton é um dos maiores nomes da animação mundial.

Seu principal mandamento é produzir “filmes curtos, baratos e engraçados”, por isso ele evita trabalhar com grandes estúdios. O humor oblíquo e o sarcasmo são característica do artista, que já fez vídeos para Madonna e Kanye West, além de ter sido ilustrador e cartunista de revistas como Rolling Stone e Vanity Fair.

Em Belém estão sendo oferecidas duas oficinas, massinha de modelar e pixilation, com atividades diárias, das 15h às 20h (hoje) e das 10h às 17h (sábado e domingo). As idades mínimas para participar são oito anos (massinha) e seis anos (pixilation). Não é necessário realizar inscrição prévia. O Anima Mundi Especial Pará segue até domingo.

****

Lívia Rodrigues & Nego Nelson


A Universidade da Amazônia convida para a abertura da Exposição "Swimming Poll - Mergulho de olhos abertos", dos artistas visuais Adrianne Gallinari . Danielle Fonseca . Keyla Sobral . Leonardo Ayres . Rafael Assef . Roberta Carvalho, que se realizará no dia 18 de setembro de 2008, às 20h, na Galeria de Arte "Graça Landeira".

A mostra permanecerá aberta ao público até o dia 15 de outubro de 2008.


Universidade da Amazônia - UNAMA
Galeria de Arte "Graça Landeira"
Av. Alcindo Cacela, 287 - Umarizal
Belém/PA - Cep 66060-902


(Clik sobre o cartaz > a imagem será ampliada)

J.Bosco > Exposição de Caricaturas

Por que não beber o vinho J.Bosco, em vez de estar filosofando > por aí ?






***

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O Avarento do Nordeste


Ensino da Música é aliado da operação "Força pela Paz"


Ensino de música é aliado da operação "Força pela Paz"


Da RedaçãoAgência Pará


Cursos de música promovidos pela Fundação Carlos Gomes (FCG), na capital e interior do estado, estão entre as ações integradas da operação Força pela Paz, iniciada dia 1º de setembro no bairro da Terra Firme e, posteriormente, no Guamá, Jurunas, Cremação, São Braz e Marambaia. Bairros que registram grande índice de violência foram priorizados pelo governo. O balanço parcial da operação será divulgado nesta quinta-feira (18).


Reprimir a criminalidade e propor ações sociais nas áreas de periferia da cidade são objetivos da operação. Mais do que ações repressivas das polícias, o objetivo é implementar políticas de prevenção, como os projetos Música e Cidadania e Música na Escola. Criados há cerca de 10 anos, foram incrementados desde março de 2007. Até hoje, cerca de 3 mil pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos, foram atendidas, inclusive portadores de deficiências.


O "Música na Escola", com o ensino de música de qualidade, é um atrativo para os alunos, uma forma de mantê-los em sala de aula. Ao mesmo tempo, é um instrumento de humanização no processo de integração social, um meio eficiente de aprimorar a sociabilidade, elevar a auto-estima e despertar a sensibilidade.


Em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a iniciativa atende alunos da rede pública estadual e já chegou aos bairros da Sacramenta, Bengui, Marco, Condor, Jurunas, Guamá e Nova Guanabara, além do distrito de Icoaraci.


Inclusão - Com diferentes metologias, o projeto Música e Cidadania é voltado para ONGs, associações e entidades de cunho cultural e educacional. O projeto abrange outro, o de Musicalização para Pessoas com Deficiência, resultado de uma parceria com a Associação Paraense de Pessoas com Deficiência (APPD).


Os professores que ministram os cursos recebem capacitação técnica e psicológica, para que avaliem a potencialidade e a diversidade dos alunos interessados em aprender flauta doce, violão, cavaquinho, teclado e canto, com ênfase em música popular.


“O nosso principal objetivo é que todas as pessoas podem e devem ser incluídas em processo de aprendizagem dessa natureza. Para tanto, nossos profissionais ficam em constante pesquisa e investigação a respeito das alternativas metodológicas para o ensino de música, pois este é um direito de todos”, resume Carlos Alberto Braga, superintendente da Fundação Carlos Gomes.


A FCG, com o projeto Música no Interior, firmou convênio de cooperação técnica e financeira com diversas prefeituras, o que permitiu a implantação e manutenção de escolas de música no interior do estado, estimulando também a preservação das tradicionais bandas de música, características de várias cidades paraenses. Entre os municípios contemplados pelo convênio estão Bragança, Curuçá, Marabá, Ponta de Pedras, São Caetano de Odivelas e Soure.


Resultados – A música é um eficiente instrumento de socialização e o efeito de sua aplicação no universo da educação é comprovado. Nesse sentido, a educação especial foi contemplada nos projetos da Fundação Carlos Gomes. Em pouco mais de um ano, cerca de 150 pessoas participaram dos cursos oferecidos. Deste total, aproximadamente 40 alunos são jovens de 13 a 18 anos.


O efeito da aplicação da música, no ensino que envolve uma abordagem clínica com pessoas portadoras de necessidades especiais, é surpreendente e pode ser visto nas apresentações públicas destes alunos. O solo de teclado de um portador de Síndrome de Down é um exemplo. Segundo Dayse Addario, assistente social e coordenadora do projeto de Musicalização para Pessoas com Deficiência, as apresentações sempre emocionam o público.


Dayse conta que os professores aprendem em cursos de especialização a utilizar técnicas especiais. No caso do portador de Síndrome de Down, os teclados foram pintados com cores variadas, para despertar o interesse do aluno. Para ela, os resultados são “fantásticos”, como o de uma aposentada de 60 anos, com artrose, que depois de anos de fisoterapia mal conseguia abrir as mãos, mas em um ano começou a tocar violão.


Os projetos da Fundação Carlos Gomes abrem caminho para uma integração capaz de despertar talentos, orientar e capacitar crianças, jovens e adultos, respeitando a individualidade e as necessidades especiais de cada um.


Texto: Luciane Fiuza – Secom
Ronaldo Franco - FCG

*****

Espaço Cultural homenageia Benedicto Monteiro


Espaço Cultural homenageia Benedicto Monteiro no Centur

(José Maria Vilhena)

O Governo do Estado do Pará, por meio da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves homenageará o escritor Benedicto Monteiro, com a inauguração de um espaço cultural multi-uso no térreo do prédio do Centur, que levará o nome deste escritor paraense: “Hall Benedicto Monteiro”.

O evento de inauguração do hall ocorrerá na próxima quarta-feira, dia 17 de setembro, a partir das 18hs, e contará com a presença de amigos e familiares do escritor, programação litero-musical, exposição de fotos ,objetos pessoais, e exibição do documentário “Transtempo”, que resgata a fantástica biografia do grande escritor.

O Hall Benedito Monteiro, servirá como espaço de exposição de obras de arte do acervo da Galeria Theodoro Braga, e também como espaço para lançamento de livros, recitais e saraus de poesia, universo vivenciado pelo escritor paraense.

Benedicto Monteiro nasceu dia 1º de março de 1924, em Alenquer, no Estado do Pará. Foi um dos mais importantes escritores paraenses do século XX, com mais de vinte livros publicados. Formou-se bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Pará. Exerceu a magistratura no Ministério Público.

Foi membro da Academia Paraense de Letras, do IHGP (Instituto Histórico e Geográfico do Pará) e da Academia Paraense de Jornalismo.Monteiro recebeu uma série de honrarias, tais como o título de Honra ao Mérito da Assembléia Legislativa do Estado, Honra ao Mérito da Câmara de Vereadores de Belém; Medalha Tiradentes do Governo do Estado do Pará; Medalha José Veríssimo da Academia Paraense de Letras.

Em 2008 lançou seu último livro intitulado “O Homem Rio – A Saga de Miguel dos Santos Prazeres”, no Térreo da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, numa noite chuvosa. Não contamos com a presença do maior romancista paraense, por encontrar-se hospitalizado naquela ocasião, mas familiares fizeram questão de acompanhar a realização do sonho de Bené: lançar seu livro.

Benedicto Monteiro atuou como advogado, magistrado, professor, político, poeta, contista e romancista e acima de tudo um amante do Estado do Pará. “A homenagem que a Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves irá realizar é apenas uma gota na imensidão do rio amazônico, e tê-lo homenageando um espaço no prédio público em que o escritor escreveu parte de sua trajetória é sinômino de orgulho para o povo paraense” expressou Gerson Araújo, presidente da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves.”

Serviço:Hall Benedito MonteiroInauguração dia 17 de setembro de 2008A partir das 18hLocal: Centur – TérreoEnd: Av Gentil Bittencourt, 650 esquina da Rui BarbosaInformações: (91) 3202 4375 / 3202 4376Realização:Fundação Cultural do Pará Tancredo NevesSecretaria de Estado de Cultura

*****************************

Aíla Magalhães & Adilson Alcântara


quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Márcia Yamada : na medida certa o direito à felicidade



Márcia Yamada

A receita podia até ter desandado, mas saiu tudo na medida certa: uma generosa porção de Sol Nascente, mais a combinação perfeita da língua de Luís de Camões com a noite profunda e lendária dos índios. Paraense por completo, brasileira de corpo inteiro, assim é Márcia Yamada: filha, irmã, mãe, mulher, amiga.


Está lá no seu DNA, à vista de quem quiser ver: seu nome, brasão de sucesso, é marca paraense que qualquer papa-chibé reconhece onde quer que esteja. Não precisava dizer, mas digamos de uma vez: Márcia é gente boa.

Que gosta de Tom Jobim, Chico Buarque, Djavan, Gil. Afinadíssima com a sua gente, também acompanha o som da terrinha: Pedrinho Cavalléro, Pardal, Kzan, Adalbert, Paulinho Assunção, Nilson Chaves, Vital Lima. E faz coro com Walter Bandeira, Lucinnha, Andréa Pinheiro, Lívia Rodrigues.


“E gosto de tantos outros”, completa, “que me perdoem não o esquecimento, mas a falta de espaço para citar”.

Ela é choro, da bossa, do samba, “de tudo que é bonito de ouvir e de cantar”.


É irmã lua da poesia, da prosa solar.


E por isso ama e não sabe viver sem a família e os amigos. Mas, e estejam certos disso, ela briga, sim, quando precisa, por tudo que acredita e ama. “E se não for pedir muito”, acrescenta, “quero sempre ser mais e mais feliz.”


Márcia, que a felicidade (e os muitos amigos que lhe querem bem) nunca deixe de bater à sua porta.

***
Ronaldo Franco: A paz é apenas um comercial mundial?

Márcia Yamada: Acho que a paz é um desejo da maioria, mas os desejos, infelizmente, nem sempre se realizam.

RF:Quem vende mais – o vendedor de ideologia ou o balconista de desejos?

Márcia: Um bom vendedor vende de desejos a ideologias, e a história está aí para confirmar o eterno comércio de ideologias. Importante é que o cliente, satisfeito, volte sempre.

RF:O que é uma alma vira-lata?

Márcia: Muita gente que tem essa alma não consegue manter laços verdadeiros de amizade, acostuma-se com restos, retalhos de carinhos e emoções, sem se dar e receber por inteiro.

RF: É possível farejar uma mentira "sincera"?

Márcia: Meu faro é incrivelmente treinado, e, diferente do Cazuza, nenhuma mentira me interessa...

RF: O que você não suporta sob seu nariz?

Márcia: Tudo que não cheira bem: hipocrisia, mentira, falsidade, bajulação, mau-caratismo.

RF:Você diz o que pensa e faz o que gosta?

Márcia: Só digo o que acredito e só faço o que me apetece.

RF:Quem tem medo da verdade?

Márcia: Pessoas que pouco me interessam...

RF: O que lhe deixa de orelha em pé?

Márcia: Música de boa qualidade

RF: Quem é manchete em seus pensamentos?

Márcia: Os protagonistas da minha vida: Hiroshi e Teca, meus pais; Yasmin Akiko, Victor Yoshio e Vicente, meus filhos e marido.

RF: Qual é a primeira página de seu dia?

Márcia : Um beijo do meu marido, sempre.

RF: Qual seria seu destino no seu road movie íntimo?

Márcia: Em qualquer lugar onde, da minha janela, eu pudesse ver o mar, ao lado do meu amor e dos meus filhos.

RF: Quem sobrevive na floresta urbana: o caçador ou a caça?

Márcia: Depende da inteligência e da sorte de ambos.

RF: Gerald Thomas (festejado autor do teatro nacional) disse: "A base de um casamento feliz é o entendimento humorístico". Você concorda?

Márcia: O bom humor é essencial para manter qualquer relacionamento, inclusive o casamento. Mas, para mim, bom humor é diretamente proporcional à inteligência... Por isso não é tão fácil de encontrar.

RF: Quando o amor começa a pifar?

Márcia: Quando falta respeito, confiança e diálogo.

RF: É bom namorar para casar ou casar para namorar?

Márcia: Namorar sempre, como meio ou como fim .

RF: Quem não passa de um retrato 3x4?

Márcia: Que preconceito com o 3x4... Tem pessoas que não são nem isso...




RF: Qual é o endereço da amizade?

Márcia : O meu: - quem cultiva minha amizade terá para sempre um aliado em qualquer situação... Quem me conhece sabe.

RF: A mulher dondoca vive ou já morreu?

Márcia: Vez por outra é bom viver um dia de dondoca, ir ao salão, às compras... Mas, infelizmente, tem gente que ainda faz da dondoquice estilo de vida e até profissão.

RF: Quem é um barco para qualquer mar?

Márcia: Deus, Oxalá, Jesus, Alá, Adonai, ou qualquer outro nome que defina esta força superior, esta energia maior que rege o universo.

RF: Em que momento a gente ri até de gol contra?

Márcia: Quando saímos de uma maré ruim e a correnteza passa a correr a nosso favor.

RF: Quem pode usar microssaia elegantemente?

Márcia: Ninguém. Microssaia é, acima de tudo, desconfortável. E quem é que consegue ser elegante desconfortavelmente?

RF: Os machões gritam: "Há mulheres para namorar e mulheres para casar". Há verdade nessa gritaria?

Márcia: Como se esta decisão partisse só deles . Há pessoas para tudo no mundo, para namorar, ficar, casar e até pra machões – machistas e burros!



RF: O que lhe provocaria um dilúvio de saudade?



Márcia: Os meus sábados de “trabalho” com meu pai, quando, de mãos dadas, passeávamos pelo comércio, com parada obrigatória num boteco na esquina da Manoel Barata com a Frutuoso, para tomar uma abacatada ou um caldo de cana com pastel.



RF: Qual é a melhor paisagem humana em Belém?



Márcia: O Círio de Nazaré.



RF:Onde se pode ver o peso de nossa cultura?



Márcia: Em todos os cantos: basta ter sensibilidade, olhos e ouvidos atentos.




RF: A "Cidade Velha" é apenas uma realidade poética?



Márcia: É falta de empenho político...



RF: Quem morde a mão que o alimentou?



Márcia:Quem nunca merecia ter sido alimentado.



RF: O que lhe parece a empáfia engomada e a seriedade oca?



Márcia:O retrato de algumas pessoas que, sinceramente, prefiro não comentar.




RF: “De mim, basta eu!”, você diria a quem?



Márcia: Para ninguém. Eu, sozinha, não sou ninguém. Preciso de minha família (marido e filhos), de meus pais, meus irmãos e amigos,sempre.




RF: Belém está curada da síndrome de província?



Márcia: Síndrome de província é igual à cidade de muro baixo? Se sim, a resposta é não.



RF: Quem tem o ego maior que o Mangueirão?



Márcia :Alguém que precisa de terapia... Afinal, tudo em excesso tem de ser investigado.



RF:Quando é a hora exata de sair de algum lugar na ponta dos pés?



Márcia: Quando os limites começam a ser ultrapassados.



RF: Em Belém, o que você contempla com a mão no queixo?



Márcia: Nossas águas – dos céus e dos rios.



RF: Responda rápido: o que a empolga?



Márcia: O sorriso e o carinho dos meus filhos!



RF: Quando você consegue zerar o cérebro?



Márcia: Zerar? Nunca! Mas relaxar numa rede em Salinas (fora do zunzunzum de temporada), ahhh...




***

No Bodega


Cartola de todos os tempos


domingo, 7 de setembro de 2008

"Independência ou Morte"

*******
**

A sábia Juliana Paes

*
É bom ter só cinco dias de lua-de-mel porque o marido vai com mais sede ao pote, né?
Juliana Paes, atriz, falando à revista "IstoÉ Gente" sobre a curta lua-de-mel que terá com o noivo.


***

sábado, 6 de setembro de 2008

Que prisão tem a chuva




se quando cessa
.
continuamos dentro dela ? ...
.
* Ronaldo Franco ( Do livro > Cidade Velha )
.
****