quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

O Que Nos Salva São As Cantoras





O Que Nos Salva São As Cantoras...
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Pelo menos em 2008, ao contrário de 2001, não tivemos aviões explodindo contra torres. Neste final de ano, a cena que atravessou o mundo foi a de um par de sapatos cruzando o estreito espaço de uma coletiva de imprensa no Iraque, em busca de seu alvo: a cabeça do presidente da nação mais poderosa do mundo. Mas o texano, acostumado a se desviar dos muitos chifres do seu rebanho, mostrou que é bom de ginga.
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Aliás, outro norte-americano, mais de 80 anos atrás, acertou no alvo, apesar de ter mirado no que viu e atingido o que não viu. O poeta T. S. Eliot, ao final de um seus mais conhecidos poemas, disse que o mundo expiraria não com uma explosão, mas com um gemido.
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Pois em 2008 o mundo expirou com o gemido (mais parecido com um ronco) do mercado financeiro americano (sempre os americanos). A explosão veio depois, com as falências se sucedendo como peças de dominó colocadas em fila. E dizem que o pior ainda está por vir, principalmente quando o tsunami financeiro bater aqui, nestas praias que Cabral descobriu, trazido pela Varig, Varig, Varig.
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Pois é, seu Cabral. Por aqui, melhor o senhor não repetir a dose. Se lhe pegam na praia, fazendo turismo, corre o risco de o senhor sair daqui mais depenado que a indiada boa e nua que o recebeu lá já vão mais de 500 anos.
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E nem tente sacar um dinheirinho do banco para as festas de final de ano. A saidinha pode lhe custar caro. Aqui, em se plantando tudo dá, como bem disse naquele “e-mail” o bom Caminha ao venturoso Rei. Mas o que por aqui mesmo germina, do alvorecer nos bairros bacanas ao breu das quebradas, é toda modalidade de crime. O cidadão já sai de casa como quem volta, em medos redobrados.
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Por isso, seu moço, para saudar este 2009 que já aquece os tamborins na concentração, eu recomendo que sintonize as nossas cantoras do rádio. É, as cantoras do rádio paraense, cantoras da terra, tão afinadas quanto os passarinhos que varam a poluição e insistem em trazer no bico um pouco da melodia das matas úmidas e ensolaradas, com que nos vêm acordar, cedinho, nas varandas, nas sacadas dos apartamentos.
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As cantoras paraenses são assim, nos acordam para a vida com seu canto que é como o rio que nos navega, e que nos deixa promessas de maresias nunca dantes navegadas, portos que se oferecem à fluvial existência de que somos passageiros.
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Que as cantoras paraenses sejam a trilha sonora do ano-novo que se faz à porta, por todos os cantos e anos vindouros desta Belém amada, embora haja tantos assaltantes pelo caminho. Vida eterna à arte paraense, que é, principalmente, o de querer (o) bem, de receber bem, fartura no sorriso e à mesa. Vida eterna ao poeta Max Martins. E deixemo-nos de calmarias, seu Cabral: que 2009 se faça ao mar.
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Aos nossos leitores:- boníssimo Natal e criativo 2009.
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Estaremos de volta nos primeiros dias de janeiro.
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Abraços de Ronaldo Franco.
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domingo, 21 de dezembro de 2008

Sobre Carlos Drummond...

Quando li "No meio do caminho", tive uma sensação de alívio.
Aquilo me deu um grande alívio sim, porque eu achava que a poesia era aquela bobagem que os professores do colégio diziam.
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Eu li o poema em 1954, devia ter uns treze para quatorze anos. Disse: "Mas não é possível! A poesia é simples.
É um poema tão importante que veio dar no "Águas de Março". Sem dúvida, Jobim, inconscientemente, é influenciado por Drummond, porque é pau/ é pedra/é o fim do caminho" é exatamente "tinha uma pedra no meio do caminho".
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Jobim é genial quando chega a essa simplicidade de fundador da primitividade do objeto despojado de qualquer significação atribuída.
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Dizer que Drummond é o melhor poeta brasileiro é uma babaquice, porque não existe o melhor poeta brasileiro.
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É um raciocínio de Bolsa de Valores, burguês, competitivo: um raciocínio de corrida de cavalo!
Quem é que chegou em primeiro? É um raciocínio de escritório de contabilidade, uma coisa burguesa esse negócio de "os dez melhores", hit parade.
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Drummond é, apenas, um grande poeta, como existem outros grandes poetas brasileiros. Jorge de Lima era um grande poeta. João Cabral é um grande poeta. Ferreira Gullar é uma grande poeta, como Murilo Mendes, Gregório de Mattos e outros.

Arnaldo Jabor.
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sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Blues & Cia

Show de Blues agita Cidade Velha
Pizza in Blues

Nesta quinta, dia 18 de dezembro, os músicos Tony Lisboa e André McLarry, apresentam o show " Pizza in Blues ", com um repertório embalado no bom e velho Blues, com leve pitada de Jazz, em uma apresentação elegante e discontraída. O maravilhoso ritmo nascido no Sul dos Estados Unidos vai tomar conta de um charmoso casarão secular localizado na Cidade Velha.

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O veterano Tony Lisboa toca gaita (foto), é instrutor da Academia de Música e Tecnologia, além de integrar o grupo "Blues & Cia".
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O violão eletrico e a guitarra, fica por conta de André McLarry, também integrante do Blues & Cia.

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O grupo Blues & Cia. existe há doze anos , e é pioneiro neste ritmo em Belém.
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O blues é um ritmo que surge no Sul dos Estados Unidos, especialmente no Mississipi, Alabama, Geórgia e Lousiana. Seu vigoroso ritmo, cheio de poesia, trata dos mais diversos assuntos como religião, trabalho (work songs) e claro, muito amor.
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O conceito desse som só se tornou conhecido depois do fim da Guerra Civil Americana, o ritmo passou a descrever aquele estado de espírito da população afro-americana da época, suas dores e sofrimentos.

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Nas plantações do Delta do Mississipi, os negros trabalhavam embalados por cantos entoados que passaram a ser chamados de "blues".
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No show de hoje estarão presentes grandes sucessos de bluzzeiros como B.B King, Muddy Waters, Buddy Guy e Eric Clapton.
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Serviço:
"Pizza in Blues", com Tony Lisboa (vocal e gaita) e André McLarry (violão e guitarra).
Local: La Pizzeria, Rua Dr.Malcher, nº 15, ao lado da Sé.
Data: 18 de dezembro, às 21 horas.
Reservas: 3222.9952.

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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Karine Cunha em Belém


Aíla & Leandro

Leandro (Artesão das canções) & Aíla ( A voz que toca corações)
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Essa parceria musical vai longe...
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Casados para Namorar


Um casal guarda dentro da memória outro mundo maior que o mar.
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Andam em palavras movediças (com suas coragens). Afundam-se em olhares, ouvidos, beijos (prorrogados) e corações (celebrados).
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Emergem de interpretações amalucadas: do eu te amo irrevogável, do riquíssimo vocabulário (íntimo) em sílabas e que desaguam em criatividade física: de pernas e braços entrelaçados.
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A vida é profunda, e eles boiam ilhados no desejo.
Boiam e, em fantasias desmedidas, cada um a sua maneira, brincam com os que dizem que “os casados não namoram...”
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Ao sabor arejado da inteligência amorosa em que florescem, são sempre apaixonados.
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Cegos para o passar do tempo. E seus olhos são presentes do amor.

(RF)

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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

O passeio

Foto:Renata Reis
Na floresta de pedras - o passeio – em vias de extinção...

Nada será como antes.
A vida carrega nas costas a mochila do medo.
A violência bate à sua porta, a toda hora. Mata a gentileza cabocla.
Estamos paralisados entre as serenatas, de uma Belém inocente, cordial, e a decepção com o futuro simplificado:- entre criminosos e vítimas.
Nessas circunstâncias, nossos caminhos humanos tropeçam no vazio.
Debaixo da brutalidade, os melhores sentimentos são sufocados.
Respeito, amor, compaixão, solidariedade diante do mano desaparecem no lixo cotidiano.
Somos uma população vulnerável. Insegura. Os bandidos tornam-se animais ferozes, tocaiando homens, mulheres, idosos e crianças. E daí cresce o pânico: posto que a morte está em todo lugar.
Nas ruas de Belém – a humanidade passeia – em vias de extinção...
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(RF)
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Quintanaico > poema de Lau Siqueira

ah
essas cortinas inexistentes balançando
ao ritmo de vento nenhum

(as janelas são espelhos fatiados da rua)

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"Eu sou neguinha"


terça-feira, 16 de dezembro de 2008



Está no livro “Dossiê Drummond” de Geneton Moraes Neto:

O poeta Carlos Drummond declara: “Há uma indústria no Brasil que acho horrível: é a indústria dos editores que comerciam com os chamados poetas. Oferecem duas páginas de uma antologia em troca do pagamento de tanto. Então, aparecem sucessivamente, a cada ano, antologias de poetas que nunca foram poetas, coitados – e estão sendo explorados. Isso eu acho terrível.”

“O que me impressiona hoje é o seguinte: as casas que têm ainda alguns livros são raríssimas. Quase ninguém tem mais livros.”

“Eu quero reivindicar uma liberdade que conquistei com preço bastante alto – que é dizer aquilo que quero dizer, no momento em que me apraz dizer, e não no momento em que me forçam a dizer.”

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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Tzandai Vida Boa


Espíritas promovem caminhada

Numa promoção do 4o Conselho Regional da União Espírita Paraense (UEP), será realizada neste domingo, dia 14/12/08, a partir das 9 horas, a Caminhada em Defesa da Família, da Vida e da Paz, reunindo dirigentes e integrantes de instituições espíritas, simpatizantes da doutrina espírita e interessados em geral, entre crianças, jovens, adultos e idosos.
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A Caminhada sairá da área da praça Batista Campos e seguirá pela travessa Padre Eutíquio, rua Carlos Gomes, avenida Presidente Vargas, até a chegada em frente ao Theatro da Paz, na praça da República.
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Na concentração dos participantes da programação, haverá um pronunciamento do professor Reinaldo Nobre Pontes, estudioso da temática violência, abordando a criminalidade como resultado da ausência de uma estrutura familiar, afetiva e moral na vida dos cidadãos.
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Ao longo da programação, serão abordados aspectos da necessidade de o ser humano conviver em núcleos familiares para sua evolução própria e, também da sociedade em que está inserido, numa prática que envolve direitos e responsabilidades de pais, filhos e demais cidadãos na formação de jovens e, ainda, na valorização de cada membro da família.
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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Dois Rios

No dia 19 de dezembro, às 21 horas, no Teatro Margarida Schivasappa do Centur, acontecerá o Show DOIS RIOS, contemplado com o Prêmio Secult de Música 2008, com Maria Lidia e Paulo André Barata.

As influências históricas e rítmicas do Estado do Pará, presentes nas músicas de Maria Lidia e Paulo André Barata, serão mostradas no citado show. Os compositores, representando os Rios Tapajós e Amazonas, retratarão o cotidiano do caboclo – com suas nuances típicas do interior – e, entre outros temas, os devaneios do urbanismo e os sentimentos coletivos do amor.

O show contará ainda com as participações de Lucinnha Bastos e Olivar Barreto, grandes intérpretes e divulgadores desses dois importantes compositores paraenses.

A Concepção Visual é assinada por Nando Lima e a Direção Musical por Adelbert Carneiro.

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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Curso > Cinematografia Eletrônica Digital

Dia 10, quarta-feira, é o último dia de inscrições para o curso Cinematografia Eletrônica Digital, realizado pelo Centro Audiovisual Norte e Nordeste (Canne) no Instituto de Artes do Pará (IAP).
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A atividade será ministrada pelo diretor e fotógrafo de cinema, televisão e publicidade Carlos Ebert, que já trabalhou com diretores como Rogério Sganzerla, em "O Bandido da Luz Vermelha", e José Celso Martinez Correa, em "O Rei da Vela".
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O curso conta com o apoio da 3D Produções, tem duração de cinco dias e carga horária de 30 horas.
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São apenas 25 vagas e as inscrições são gratuitas. Informações: 4006-2947.
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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Teus olhos
Escapolem
Do meus olhos.
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Poeta José Maria de Villar Ferreira

Útero

Foto:Renata Reis Esse útero urbano:
fábrica de meninos de rua...
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(O drama social que não sai de cartaz. De dezembro a dezembro)
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(RF)
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sábado, 6 de dezembro de 2008

Reveillon Católico


Há Chuva De Há > poema de Carlos Correia Santos


Está chovendo haveres
e não há um canto em que se estar
Tudo há de se molhando nada em veres
que em tudo está chovendo haveres
e vais ficando seco de ar.
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Às vezes, um mero pingo de às vezes
é tanto sempre.
E, enquanto fica-se esperando estiar o enquanto,
tanto encanto encharca-se tanto
e o momento chove-se de não estar.
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Oração de Floresta e Rio > Poema de Marcos Quinan


Oração de Floresta e Rio

canto de abertura (canto da terra)


a floresta range
num rio dentro de nós
o rio ruge
na floresta aqui em nós
orai por eles
orai por nós

sons de lendas
visagens que ardem
rogai por nós

mãos postas em desafio
vento indo
rodopiando as direções
da hora norte
rogai por ele
zelai por nós

corpos em eito de águas
impregnados
escorrendo
anchos
esquecidos
orai por eles
rogai por nós

alma de floresta
esfarrapada pungindo
orai por ela
rogai por nós

alma de rio
se amiudando
sumindo
orai por ele
rogai por ele
zelai por nós

afluentes homens rios
calados passando e
vendo passar

leito lodo ruindo
homem vindo
da aridez de mãos tardias
e intenções vazias
bisbilhotando
escolhendo
vindo
vindo

a floresta range
num rio
o rio ruge
na floresta
urge
urge

juntai os homens rios
das margens e matos
com seus calos
e terçados

juntai seus afluentes
em estridência de águas
suas chuvas
em emoção de pranto

juntai sementes em
húmus férteis
maternais

juntai seus habitantes
mais primitivos
sabedores dos seus
mistérios
seres rudes
mas racionais
predadores de mãos
limpas e férteis

juntai floresta e rio
suas entidades
suas lendas em labaredas
o espírito dos seus
mortos
que vivos
estão impregnados
nas suas águas solidárias
no seu verde calado

e quando todos juntos
estiverem na oração maior
que é reunir
somente um grito será dado
escolhendo com as entranhas

o que se quer daqui


canto da alma da floresta

resulto em harmonia
no corpo esparramado
esfarrapando
tocado pelo sol
possibilitando ainda
nascentes
vidas

resulto da esperança
de habitantes
em convivência
de chagas lacerantes
que cubro toda noite
com uma colcha de estrelas


canto da alma do rio

do ventre
que venho
o ventre que tenho
traz saudade
da nascente
mas em abraços
recebo contente
todas as águas
que correm em mim
e toda a ferida
que purga por dentro
quando rebento
na angústia de desaguar
se cura no sal
que me é sina
de sempre encontrar


canto dos afluentes

seiva silenciosa
matando arredores
deixado nascer
o verde e o maduro
conduzindo o homem rio
servindo-lhe mesa farta
ensinando aonde ir

seiva silenciosa
canto dolente
afluentes
que depois viram braços
entrando
alimentados
e alimentando
fertilidade

vão indo
convivendo
semeando
seiva e silêncios
com seus gritos



canto do vento

tece os espaços
leva no ar
o bico dos pássaros
canta
mensageiro de
sementes
em vôo livre
escolhendo
e se soltando
em liberdade
de pé de vento
e rodopio
misturado em desalinho
nas copas
nos caminhos
desfazendo pontaria
espalhando gestos
e intenções de assobio
rindo


canto das margens

sou lugar de chegar
e partir

sou paralela
ponto por ponto
às vezes, me aproximo
e quase beijo
receosa, me afasto
mas desejo

sou assim
indecisa por inteiro
nunca me afasto tanto
da outra margem
de mim

todos me querem
desde o olho d´água
pensando que me divide
até o outro lado
que tanto insiste

mas sempre faço convite
quando espraio
em sedução

sou também estrada, limitação
corro em águas
com a alma dentro do chão


canto da chuva

sou inesperada
e gosto assim
caio ou me espalho
onde quero

às vezes, sou mansa
e acaricio

noutras, me desalinho
inundo

vivo no ar
mas no fundo
gosto mesmo
de dar de beber
de embriagar
encher os rios
escorrer
fertilizar


canto da semente

broto pelos cantos
corro em bicos e corpos
voando

sei nadar
sonho em frutos
e viro galhos
entrelaço
crio espaços
quero o sol

sou o pólen no labor
em mistura
de flor

semeada
dou-me inteira
sustento tua boca
abrigo-te sedutora

quando me busco
sozinha na terra
luto bravamente
pra ser de verdade
semente


canto dos animais

no rasto
no risco d´água
na intenção de céu
em invisível caminhar
também semeamos
nossos universos
somos muitos
entre floresta e rio
em palmos
e gotas
no equilíbrio
de nós mesmos


canto dos corpos

sou bainha que recebe
a lâmina fria do terçado
de terça a terça
de todas as semanas da lida
vivo
espetado na exuberância
que a simplicidade não imita
sei andar
navego
e tenho liberdade dos gestos
de conhecer até a próxima curva

sou negado em generosidade
de peixes e frutos
no desmazelo de quem me aparta

sou também a conformação
inconformada em mim mesma
imito a floresta e o rio
crio histórias pra esquecer
lembrando
quem posso ser, sendo


canto das lendas

caminho
das histórias
de boca a ouvido
passando
de ido a indo
pra memória
de quem virá

verdadeiro
relato que é
possível contar
na palavra que
engole os rios
e faz a floresta
sonhar


canto dos mortos

zelai por nós
em nossa hora futura

vós que sois o húmus
que esterca floresta e rio
com a vida morta
de vossos corpos
em brio e semente

vós que com o espírito
em prantos
quer por essa terra
tão pouco e tanto

vós, com vossa voz
ancestral
nos ensina a cantar
nossos vivos

vós que fostes
resplendor
possibilite essa referência
ensina-nos a rezar
por todos nós


canto das mãos

santas que no remar
gestos de oração
rogam por nós

mãos que pedem
padecidas
que manuseiam
e se doam
que abraçam em colheita
mãos que ferem
fenecendo
e que benzem
cortam
e são cortadas
que protegem
e que agridem

mãos postas
em carinho
ou em calos
na noite do teu corpo


grito dos reunidos

gritamos a hora norte

da harmonia
possibilitar

da convivência
acrescentar

das feridas
cicatrizar

das cicatrizes
só lembrar

gritamos na hora norte
escolher
limitação

conduzir
fertilidade

sustentar
nossa busca

e buscar
nosso destino

gritamos em hora norte
que venham
somar e multiplicar
a nossa generosidade

gritamos a hora norte
na história
do nosso canto

o sonho
também de nossos mortos
que trazemos
por entre as mãos


canto final (canto da terra)

nossos corpos
puros na impureza
de reinar
em floresta e rio

nossas mãos
vento e chuva
em floresta e rio

sementes
de afluentes
nas margens
reunidos

com quem vive
e vem viver
com quem morto
vem morrer

com quem cantamos
e canta nesse grito

o que se quer daqui



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Show de Irah Caldeira


sexta-feira, 5 de dezembro de 2008


Artistas compõem dança contemporânea e fotografia no mesmo espaço

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Acontece nesta sexta-feira, 05 de dezembro, na sede da Associação Fotoativa, a abertura da instalação fotográfica "Fresta", e a estréia do espetáculo de dança "Depois de revelada nada mais muda". Ambos são resultado da Bolsa de Pesquisa e Experimentação Artística da fotógrafa Lila Bemerguy e do bailarino Danilo Bracchi, concedidas pelo Instituto de Artes do Pará em 2008. As pesquisas foram desenvolvidas isoladamente, mas tem sua concepção ligada à fotografia, o que levou à composição conjunta. A utilização do mesmo espaço pelos dois artistas foi pensada de forma a dar ao expectador a visão de um lugar no qual a fotografia mostra suas infinitas possibilidades, num ambiente essencialmente preto e branco.

Danilo Bracchi e Lila Bemerguy celebram o reencontro mais de dez anos depois da época em que, juntamente com outros fotógrafos, fundaram o fotoclube "Aluzinados", após participarem da oficina de fotografia do movimento Fotoativa, em 1995, orientada por Miguel Chikaoka. Atualmente, Danilo é bailarino, ator, coreógrafo e professor graduado no curso de Licenciatura em Teatro pela Universidade Federal da Bahia, onde morou e atuou na Companhia Viladança do Teatro Vila Velha, em Salvador. Em 2008, criou a Companhia de Investigação Cênica, da qual é diretor e coreógrafo. Lila Bemerguy, jornalista, voltou a produzir em fotografia neste ano de 2008, porém com um trabalho diverso, voltado para a pesquisa, a partir do projeto "Fresta", que investiga a fotografia como forma de expressão.

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O espetáculo de dança contemporânea "Depois de revelada nada mais muda" é uma pesquisa que trabalha com interfaces entre linguagens, incluindo dança, teatro, fotografia e música. Na concepção do espetáculo estão presentes a espera pelo passar do tempo, a invasão da luz nos corpos em movimento, a compreensão do processo de revelação fotográfica em preto e branco.

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Os intérpretes são sensibilizados como um papel fotográfico, sob a luz e a imagem, compondo percepções e emoções. Na relação com a dança, as imagens são manifestadas por meio dos corpos, em cenas rápidas, como se fato a fotografia pudesse falar e se movimentar.
A instalação fotográfica "Fresta" é o resultado da pesquisa realizada ao longo do ano de 2008 pela fotógrafa Lila Bemerguy, que trabalhou com um grupo de dez pessoas ligadas à atividade da prostituição no bairro da Campina, em Belém. O grupo foi composto por prostitutas, ex-prostitutas e agentes multiplicadores que atuam no Grupo de Mulheres Prostitutas da Área Central de Belém (Gempac). O objetivo do projeto foi trabalhar a fotografia como forma de expressão, de modo a levar os participantes à produção de imagens do seu cotidiano.

As fotografias resultantes do processo são registros, imagens que poderiam fazer parte de álbuns de família. Coloridas, foram produzidas com câmeras descartáveis, entregues aos participantes do grupo para que fotografassem seu ambiente familiar, de trabalho, além de cenas que lhes chamassem atenção nas ruas. Ao compor a instalação, a preocupação da fotógrafa foi demonstrar o processo pelo qual passou o grupo, além de trazer elementos que fazem parte do mundo particular de cada uma das pessoas. A composição dos espelhos que fazem parte da mostra foi feita pelos autores das imagens, com objetos trazidos de casa, da realidade que cada um quis revelar. A fotógrafa também compôs um dos espelhos da instalação, com imagem feita nos bares e casas de prostituição do bairro da Campina. Ficha técnica: "Fresta": Fotógrafos: Andrelina Braga, Ana Nery Boução, Adilson Cardoso (Fafá), Cinderela, Guilherme Matoso, Kátia Nascimento, Leila Barreto, Larissa Picanço, Lila Bemerguy, Maria Rita Miranda, Vitória Gonçalves. Cenografia: Aníbal Pacha. Monitoria de oficinas: Fatinha Silva e Lila Bemerguy . Confecção de cenário: Mariléa Aguiar e Heraldo Seabra. Produção: Ana Carolina Rocha. Arte final: Luciana Leal. Captação de sons: Fábio Cavalcante. Colaboração: Grupo de Mulheres Prostitutas da Área Central de Belém. "Depois de revelada nada mais muda":
Direção, Coreografia e adereços de cena: Danilo Bracchi. Figurino: Danilo Bracchi/Mauricio Franco. Cenário: Danilo Bracchi/Nando Lima. Luz: Danilo Bracchi/Tarik Alves. Trilha sonora original e direção musical: Leonardo Venturieri. Músicos: Leonardo Venturieri e Marluce Oliveira. Elenco: Danilo Bracchi , France Moura, Marluce Oliveira e Leonardo Venturieri.

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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O charme do "choro"

O grupo “O CHARME DO CHORO” foi formado em novembro de 2006, a partir do projeto "Choro do Pará", realizado pelo IAP - Instituto de Artes do Pará.
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O grupo tem como proposta executar choros de compositores consagrados como: Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazaré, Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo entre outros e também de compositores paraenses.
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O grupo é formado somente por menimas lindas e talentosas, são elas: Camilinha Alves (Violão de 7 cordas), Laíla (Violão de 6 cordas), Carlinha Cabral (Cavaco Base), Janete (Pandeiro e efeitos) e Jade (Bandolim solo).

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Eldorado

Foto: Laiza Lemos Assassinado Eldorado
em 19 mortes:
- flores nas dores -
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Outras mortes:
- dores nas flores -
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Mais uma morte:
se erguerão do sangue todas
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Que o rio lavará
quando for tempo
de águas limpas no Pará.
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(RF) Do livro "Teia" (2001) de Ronaldo Franco.
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"O poeta superior diz o que
efetivamente sente.
O poeta médio diz o que decide
sentir.
O poeta inferior diz o que julga
que deve sentir." "Nada disto tem que ver com a sinceridade.
Em primeiro lugar, ninguém sabe o que verdadeiramente sente: é possível sentirmos alívio com a morte de alguém querido, e julgar que estamos sentindo pena, porque é isso que se deve sentir nessas ocasiões.
A maioria da gente sente convencionalmente, embora com a maior sinceridade humana;
o que não sente é com qualquer espécie ou grau de sinceridade intelectual, e essa é que importa
no poeta."

Fernando Pessoa.
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Sobre o livro Orquídeas Anarquistas de Paulo Vieira


ce qu´on dit au poète propos des flreurs
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Paulo Vieira não é, como Baudelaire, um poeta satânico, mas suas orquídeas são anarquistas como as flores do poeta maldito são do mal:por provocação, por ruptura com a maviosa graciosidade(...)
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Os poemas de Paulo Vieira rompem com a ditadura vanguardista da palavra rara, pingada, e reatam com a tradição de uma poesia discursiva. Recorrem pouco às infantilidades do surrealismo, o mais autoritário dos movimentos de libertação poética, mas apresentam traços correntes essenciais da modernidade lato sensu, como as ambiguidades e as nuances íntimas do simbolismo, certos jogos gráficos próximos dos caligramas ou até do concretismo,etc. Há pinceladas disso tudo num conjunto que no entanto (ou portanto) não segue as palavras de ordem de nenhuma escola.
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Nem vanguardista, nem neo-isso ou pós-aquilo, essa poesia, que sofreu várias influências perceptíveis (enigmax m, nem tão enigmático assim, confessa quase explicitamente a de Max Martins) sem imitar nenhum modelo, não chega ao ponto de ser completamente uma voz singular com identidade arestada e reconhecível. E talvez seja de esperar que nunca chegue lá, pois essa relativa indefinição é um precioso resquício de imaturidade numa obra que, por muitos lados, já é bem madura.
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Sim, a poesia de Paulo Vieira, como seu autor, tem fartos cachos de cabelos pretos e olhos brilhantes de mocidade.
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Paulo Vieira termina este seu último livro em data como a fórmula finis operis punk ,explosivo encontro de duas línguas e noções que pertencem a culturas incompatíveis, ilustração pelo latinglês do anarquismo anunciado no título.
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A construção é simétrica à do título: o latim de finis operis, língua nobre, orquidácea, choca-se com o anarquista punk.
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Destarte, o fim remete ao início, como um convite a reler o conjunto dos poemas.Pois não.Poesia não é coisa que se leia, é coisa que se relê, sem fim.
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Christophe Golder

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Sobre Infância Vegetal ( seu primeiro livro)

Nem é preciso chamar a atenção do leitor para o apuramento de forma sem formalismo - o verso escrito como se desenhado - singrando tantas vanguardeiras direções, outrora divididas, concretismos e neos, práxis e etc, hoje águas dormidas.

Afinal Paulo Vieira dá-nos o poema ágil, como pedia Oswald Andrade, o poema saltibanco e circense. Mas Infância Vegetal nos oferece, igualmente, a poesia que brinca consigo mesma e que pensa a existência e o mundo, de maneira discreta e irônica. Não se poderia esperar melhor combinação para tão novo poeta.

Benedito Nunes

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Elaine

A (sempre) inspirada Elaine.

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Ó Serdespanto

Foto:Nega
Aqui
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não há tempo, nem o lugar lunar
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À noite,
sempre rosnam os animais dos dias
Nos dias,
sempre rondam os animais dos dias.Não é tua a fome
daquele que come
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as flores visionárias do ar?
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Má sorte é ter nascido sem saber jogar com as sombras
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Melhor será dormir abraçado
às garras de um deus
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*Poeta Vicente Franz Cecim
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Black Music


Ajuda Brasil!

Bossa Nova

A bossa esculpida no violão de Pedrinho Cavalléro.
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A Paris > brasileira

Edu Lobo, Carlinhos Vergueiros, João Bosco, João Nogueira e Nazaré Pereira (em Paris)
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Anos 70

Anos 70- Geraldo Salles, Vilar Ferreira, Jamil Damous, Fafá de Belém, Kim Figueiredo e Kzam Gama.
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Times elege os melhores filmes de 2008


O site do jornal britânico Times, elegeu os 100 melhores filmes lançados em 2008.

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Confira os 100 melhores filmes do ano, de acordo com o Times :
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Batman - Cavaleiro das Trevas- Gomorra- Man on Wire- Sangue Negro- Time and Winds- 4 meses, 3 semanas, 2 dias- Aleksandra- Appalosa - Uma Cidade Sem Lei- Ji Jie Hao- Austrália- Rebobine, Por Favor- Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto- Bigga than Ben- Blindsight- Black White + Gray- O Grande Chefe- O Menino do Pijama Listrado- Queime Depois de Ler- California Dreamin'- A Troca- Chocolate- Cloverfield - O Monstro- A Complete History of My Sexual Failures- Couscous- Três Vezes Amor- O Escafandro e a Borboleta- Donkey Punch- Do Outro Lado- Quatro Minutos- Frost/Nixon- Garage- Garbage Warrior- Medo da Verdade- Half Moon- Halla Bol- Simplesmente Feliz- Hellboy II - O Exército Dourado- High School Musical 3: Ano da Formatura- Um Louco Apaixonado- Hunger- I.O.U.S.A.- Il y longtemps que je t'aime- Na Mira do Chefe- In a Search of a Midnight Kiss- No Vale das Sombras- Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal- Homem de Ferro- Jar City- Jodhaa Akbar- Joy Division- Juno- Kamikaze Girls- Kenny- Kung Fu Panda- Zona do Crime- Linha de Passe- Desejo e Perigo-Mad Detective- Mamma Mia!- Memórias do Subdesenvolvimento- Mongol- Meu Irmão é Filho Único- Meu Winnipeg- Onde os Fracos Não Têm Vez- Agente 117- Sobre o Tempo e a Cidade- Out of the Blue- P2 - Sem Saída- Persepolis- Ponyo On The Cliff By The Sea- 007 Quantum of Solace- Quarentena- Caos Calmo- O Casamento de Rachel- Guerra Sem Cortes-RocknRolla - A Grande Roubada- Rolling Stones - Shine a Light- O Silêncio de Lorna- Somers Town- As Crônicas de Spiderwick- Em Busca da Vida- Os Estranhos- Horas de Verão- Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco Da Rua Fleet- Um Táxi Para a Escuridão- O Advogado do Terror- Thoda Pyaar Thoda Magic- Sob as Bombas- Unrelated- Vicky Cristina Barcelona- W.- Doidão- Wall-E- Lírios D'Água- Valsa com Bashir- The Wave- We Are Together- What Just Happened- XXY- Vocês, Os Vivos
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Vento Bravo


A qualidade da música de Edu Lobo vem de longe. Basta dizer que, aos 19 anos, compunha sua primeira canção em parceria com Vinícius de Moraes.
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Sua música mistura a bossa carioca com o sangue pernambucano e recria os sons do Frevo, do Maracatu, da Bossa Nova, dos pregões, do mar e de tudo que aprendeu entre Rio e Recife. Vem de longe sua herança musical. Passa pelos mestres Villa-Lobos e Tom Jobim e tem raízes firmes fincadas em solo brasileiro.
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Em "Vento Bravo", o reservado Edu Lobo conta a sua história musical sem rodeios e conduz o próprio fio-da-meada. Os caminhos por onde andou, as escolhas que fez, a relação com a fama, a obsessão com a qualidade e a paixão pela harmonia. Está tudo lá, dito por ele e por parceiros e amigos que acompanharam sua trajetória.
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É isso: Música da melhor qualidade, de um compositor de obras definitivas.

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Após o show, Maca Maneschy & Trio (Tynocco Costa (Piano), Wilson Veloso (Baixo) e João Bererê (bateria)) fazem uma comemoração especial aos 50 anos da Bossa Nova.
Show produzido por Luizão Costa .

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Serviço:
Show Vento Bravo, com Edu Lobo & Quarteto formado por Cristovão Bastos (piano acústico), Jorge Helder (Baixo acústico), Rafael Barata (bateria) e Mauro Senize (Sax e Flauta).
Dia 06 de dezembro (sábado), às 23h, no Hangar 2.

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Vendas de mesas nas Lojas Fox Vídeo, Loja Ná Figueredo (Estação das Docas) e Hangar Centro de Convenções. Valores: Mesa de pista (frente palco só de 8 lugares): R$ 600,00
Mesa de salão normal de 4 lugares R$ 200,00.

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Informações: 9145.7869 /33440100

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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Filósofo Benedito Nunes (frases)

* "Há coisas que se publicam em jornal que ficariam melhor em livro. São textos enfadonhos. E há coisas que se publicam que são tão supérfluas, mesquinhas, do ponto de vista de idéias."
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"O jornalismo literário acabou, da mesma forma que a crítica nos jornais. As duas coisas acabaram ao mesmo tempo."
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"Primeiro é a mudança interna nos jornais por causa da questão mercadológica, do consumo.E dessa concepção falsa de que o leitor de hoje não precisa de certas coisas."
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"A poesia deve ter também um certo empenho metafísico...Lutando pelo homem mas também exprimindo a sua situação no universo. Nós estamos sofrendo mal do relativismo, do qual não nos livramos e não sabemos como é que vamos nos livrar. Por exemplo: tudo pode ser interpretado. Até a má poesia pode traduzir um certo estado da sociedade."
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O homem feito de folhas

foto:Nega


Por trás do jornal, há o leitor do submundo feito de folhas rasgadas e feridas, mas distante do papel predominante.

(RF)

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Prêmio S.Paulo anuncia melhor livro do ano

Seg, 01 Dez
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Criado este ano pela Secretaria de Estado da Cultura, o Prêmio São Paulo de Literatura será entregue hoje à noite, no Museu da Língua Portuguesa, na capital paulista.

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São dois prêmios no valor de R$ 200 mil cada um, um para o melhor livro do ano e outro para o melhor livro do ano de autor estreante.
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Escolhidos entre autores de 146 romances de 55 editoras e independentes, os cinco finalistas ao melhor livro do ano são: Beatriz Bracher, Bernardo Carvalho, Cristóvão Tezza, Menalton Braff e Wilson Bueno.
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Entre os estreantes concorrem Cecília Giannetti, Eduardo Basczyn, Tatiana Salem Levy, Tiago Novaes e Wesley Peres. O Museu da Língua Portuguesa fica na Praça da Luz, s/nº, no Centro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Clik sobre o texto: vc vai ver a imagem ampliada.

Amigos, vamos ajudar no que for possível...


A Defesa Civil de Santa Catarina divulgou o número de contas correntes para receber as doações de ajuda aos desabrigados.

Os interessados em contribuir podem depositar qualquer quantia nas contas:

Banco do Brasil:Agência 3582-3, Conta Corrente 80.000-7

Besc: Agência 068-0, Conta Corrente 80.000-0.

Bradesco: Agência 0348-4, Conta Corrente 160.000-1.

O nome da pessoa jurídica é Fundo Estadual da Defesa Civil, CNPJ - 04.426.883/0001-57.

O dinheiro arrecadado será utilizado para compra de mantimentos que serão distribuídos entre os moradores das cidades atingidas.

.A Defesa Civil também faz algumas recomendações para quem for fazer doações:Os alimentos devem estar dentro do prazo de validade e com a embalagem intacta. De preferência, devem ser não-perecíveis;colchões e roupas de cama devem estar em bom estado de conservação, limpos e prontos para utilização;roupas e calçados também devem estar limpos e em condições de uso.

Sapatos devem estar amarrados entre si (pé direito com esquerdo) e a numeração deve ser marcada do lado externo com caneta;utensílios domésticos devem estar funcionando e bem conservados.

.Quem quiser doar alimentos ou roupas nas cidades atingidas deve procurar a prefeitura dos municípios.

.Para outras cidades do país uma opção é procurar a Defesa Civil que pode informar quais entidades públicas e privadas estão promovendo campanhas para arrecadar ajuda em sua região.

.Para quem mora na capital paulista o Centro Shivapoint Yoga em São Paulo está arrecadando roupas, sapatos, cobertores e outros materiais para as vítimas das enchentes de Santa Catarina.

.Doações podem ser feitas na Rua Antonio Carlos,690 - 2º andar, próximo ao metrô Consolação.

O telefone é (0x11-3159-5106).

8 cidades estão sitiadas pelas águas, sem comunicação ou acesso, em situação de calamidade pública. Diversas outras estão em situação de risco e estado de alerta com a defesa civil.Sua ajuda será de grande valia para nossos irmãos que estão em situação tão difícil

.http://www.defesacivil.sc.gov.br/--

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