Miguel Chikaoka

As fotografias de M.Chikaoka: são tão livres como as águas e os ventos. É o nosso mundo posto a nu: es-pe-lhís-ti-co e despudoradamente simples.(Ronaldo Franco)

O que pensa e fala Miguel Chikaoka* "Você não precisa fazer a grande foto. O processo, a sensação de estar fazendo aquilo é que interessa."

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"Gosto de trabalhar com cada vez menos aparatos. Hoje existem coisas por demais sofisticadas...penso que isso é uma aberração. As pessoas acabam esquecendo as coisas simples."

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Sobre Belém:

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"É uma região linda, maravilhosa, pulsante, desejada, explorada e mal cuidada. Temos esse mal cultural de achar que a culpa é só dos governantes, mas não basta engrossar o coro dos descontentes, dos indignados. Temos que ser mais estratégicos, subversivos, guerrilheiros. A base é a educação, não se muda a cena reclamando. Sou pela "semeadura", plantar mais que colher, com amor e poesia."

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"Tenho uma dificuldade pessoal de saber qual é o meu trabalho como fotógrafo. Minha atividade principal hoje - é a fotografia.

Mas eu poderia ser um jardineiro, um entregador de pizza...o importante é fazer com prazer, é a dedicação, é a entrega.

Meu trabalho não é uma imagem congelada, uma obra pendurada na parede. Meu trabalho é um processo."

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Sobre o professor Miguel:

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"Sei que é piegas dizer isso, mas eu aprendo muito mais do que ensino. Me incomoda as pessoas dizerem que "aprenderam comigo". Eu posso até ter propiciado aquela experiência, mas é a vivência da pessoa que ensina, isso é de cada um. É o convívio riquíssimo, a troca...o mérito é de todos, inclusive meu - e não "somente" meu.
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Textos retirados da excelente entrevista de Amanda Aguiar com Miguel Chikaoka (no Diário do Pará)

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