sábado, 28 de março de 2009

"Bodega": um mundo surreal > Paulo Cal


*É no "Bodega" que é possível observar e conviver com o universo feminino de corpo e alma boêmios. O "Bodega" é território, estar, passagem de situações, visões, sentimentos humanos...
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*Cada frequentador do "Bodega", cada circunstante, parece indicar que continente e conteúdo são dois lados da mesma moeda.
Quem frequenta o "Bodega" é capaz de mergulhar no universo masculino ou feminino ao mesmo tempo, pois tem a bússola para mergulhar em si mesmos e encontrar as linhas ou rumos que se cruzam e se embaralham.
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*Quem olha ou quem é olhado?
Quem vê ou quem é visto?
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É como caminhar entre o território, a morada, o vazio e o isolamento - caminhar entre amigos que se gostam, conversas, frases musicais, desenhos, gravuras, escritos e pinturas.
É como construção de um sítio arqueológico com fragmentos de gente que ali viveu com árvores, calçadas, mesas, cadeiras, tijolos e azulejos antigos.
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É como uma moderna tapeçaria de Penélope que se constrói durante o dia e que à noite, sobretudo nas noites de quartas-feiras, se defaz.
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A noite do "Bodega" tudo é surreal.
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Bodega> Quintino 1920 > entre Conselheiro e Gentil >Belém
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