quarta-feira, 1 de abril de 2009

O Dia Final da Mulher Do Marajó

Não era um búfalo
Nem baleia
Por isso: desamparada
Sem proteção
.
Não era bandido
Nem ladrão
Por isso: sem passagem
de avião
.
Não era importante...
O seu dia
Tinha sido ontem
Era uma mulher do Marajó
.
Internacionalmente só
Nacionalmente só
Regionalmente só
.
No algaraviar
De cores e dores
A sua rede
A sua doença
( derrame cerebral)
Balançava
O vexame humano
No seu dia final.
.
(RF)
.
***

2 comentários:

jac rizzo disse...

Que lindo texto!
Que fotos fantásticas as suas!

Meus olhos guardam na retina, o
brilho e a alegria dessas cores!!

Grande abraço.

Anônimo disse...

Belo poema.

Téo