quinta-feira, 8 de maio de 2008

Quaternaglia, Marcos Pereira e James Dick *em Belém.

Quaternaglia
Marco Pereira

James Dick



Governo do Estado do Pará
Fundação Carlos Gomes

IV Encontro de Violões
Quarta-feira, 7 de maio de 2008 – Quaternaglia & James Dick

PROGRAMA

Johann Sebastian Bach (1685-1750)
Concerto de Brandenburgo n. 6 BWV 1051 transcrição de Fabio Ramazzina
I- Allegro
II- Adagio, ma non tanto
III- Allegro

violões: Quaternaglia


Johannes Brahms (1833-1897)

Rapsódia em si menor op. 79 n.1

Rapsódia em sol menor op. 79 no.2

Alberto Ginastera (1916-1983)



IV- Ruvido ed Ostinato da Sonata para piano
piano: James Dick


Sérgio Molina (1967)
Quinteto para um outro tempo (2006)*
para piano e quatro violões

I- Passado
II- Oração sem palavras
III- O Espelho dos Enigmas

piano: James Dick
violões: Quaternaglia


* dedicada a James Dick e Quaternaglia



Sábado, 10 de maio de 2008 – Quaternaglia & Marco Pereira

PROGRAMA



Tom Jobim (1927-1994)
Chora Coração arranjo : João Luiz

Egberto Gismonti (1947)
Um Anjo (1999) arranjo: Paulo Porto Alegre
Karatê* (1997)

violões: Quaternaglia

Marco Pereira (1950)
Dança dos quatro ventos (2006)

violões: Quaternaglia e Marco Pereira


Radamés Gnatalli (1906-1988)
Pixinguinha

Waldir Azevedo (1923-1980)
Pedacinhos do céu

Ary Barroso (1903-1964)
Na baixa do sapateiro
Baden Powell (1937-2000)
Suite Baden Powell I- O astronauta (c/ Vinicius de Moraes) II- Vou deitar e rolar (c/ Paulo Cesar Pinheiro) III- Cai dentro (c/ Paulo Cesar Pinheiro) IV- Deixa

violão e arranjos : Marco Pereira

Paulo Tiné (1970)
Siberia* (2006)
Rabichola de cabra* (2006)

Paulo Bellinati (1950)
Carlo’s Dance* (2006)

violões: Quaternaglia

Marco Pereira
Sambadalú (2006)

violões: Quaternaglia e Marco Pereira

JAMES DICK

Um dos mais importantes pianistas de sua geração, James Dick é um intérprete cujo pianismo brilhante e musical traduz-se em performances de alto rigor intelectual e autenticidade emocional.
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Vencedor dos primeiros prêmios nos concursos internacionais Tchaikovsky, Busoni e Leventritt, Dick tem realizado recitais e concertos com orquestra nas mais proeminentes salas do mundo, tais como Carnegie Hall, Alice Tully Hall, Town Hall e 92nd Street’s Y (Nova York), Kennedy Center e National Gallery of Art (Washington), Orchestra Hall (Chicago), Queen Elizabeth Hall, Wigmore Hall e Purcell Room (Londres),Theatre du Chatelet e Salle Gaveau (Paris), e Rudolfinum (Praga).
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Sua próxima turnê incluirá apresentações em Bucarest, Istambul, Brasil e França.
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Dick tem atuado com a Chicago Symphony, Philadelphia Orchestra, National Symphony e outras orquestras, sob a regência de Eugene Ormandy, John Barbirolli, James Levine, Lorin Maazel, James de Preist, Lawrence Foster, Sergiu Commissiona e, mais recentemente, com Eiji Oue, Robert Spano, Christopher Hogwood, Stefan Sanderling, Pascal Verrot, Andrey Boreyko, Grant Llewellyn, JoAnn Falletta, Charles Olivieri-Munroe e Heiichiro Ohyama, entre outros.
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Sua atuação com grupos camerísticos inclui concertos com os quartetos Cleveland, Tokyo, Parisii, Colorado, Ravel, Debussy, Danel, Eusia, Cassatt e Quaternaglia, e colaborações com Erick Friedman, Yo-Yo Ma, Young Uck Kim, Raphael Hillyer, Håkan Rosengren, Martin Lovett e Carol Wincenc, entre outros.
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James Dick é um grande incentivador de novos repertórios, e tem encomendado obras a compositores como Benjamin Lees, Malcolm Hawkins e Chinary Ung.
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Entre as estréias mundiais realizadas por Dick podemos citar Flights of Passage: From Silent Sun to Starry Night, de Claude Baker (apresentada no Alice Tully Hall de Nova York, na Salle Gaveau de Paris e no Purcell Room de Londres) e The Birth of Shiva, uma fantasia para piano solo escrito por Dan Welcher (estréia em Washington D.C). Recentemente, estreou o Quinteto para um outro tempo para piano e quarteto de violões, de Sérgio Molina.
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Na Inglaterra, Dick aperfeiçoou-se com Sir Clifford Curzon, e foi eleito Sócio Honorário da Royal Academy of Music. Em 1994 foi condecorado “Chevalier des Arts et des Lettres” pelo ministro da cultura da França. Recebeu em 2003 o título de “Músico do ano” do estado do Texas, e é também um “International Sterling Patron” da Fraternidade Mu Phi Epsilon.
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Seu incansável compromisso com a educação de jovens músicos levou-o, em 1971, a criar o “International Festival Institute” em Round Top (TX), um dos mais importantes festivais de verão dos Estados Unidos dirigido a cameristas e músicos de orquestra, e que tem sido aclamado internacionalmente pela excelência de seu corpo docente.
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QUATERNAGLIA

O Quaternaglia Guitar Quartet (QGQ) tem sido aclamado como um dos mais importantes quartetos de violões da atualidade, tanto pelo alto nível de seu trabalho camerístico quanto por sua importante contribuição para a ampliação do repertório.
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Em seus quinze anos de atuação, o grupo – formado pelos violonistas brasileiros João Luiz, Fabio Ramazzina, Paola Picherzky e Sidney Molina – vem estabelecendo um cânone de obras originais e arranjos audaciosos, o que inclui a colaboração com compositores brasileiros de diversas gerações, tais como Egberto Gismonti, Paulo Bellinati, Sérgio Molina, Almeida Prado e Paulo Tiné. Sua atuação começou a despertar o interesse da crítica internacional a partir de 1998, após a obtenção do "Ensemble Prize" no “Concurso Internacional de Violão de Havana” (Cuba) e da participação em importantes séries de violão e música de câmara dos Estados Unidos, como Guitarists of the World, Allegro Guitar Series, Chamber Music Sedona, Friends of Music e Round Top Festival Hill.
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O lançamento do CD Forrobodó na Europa pelo selo Carmo/ECM (2000), produzido por Egberto Gismonti, foi o registro pioneiro de um repertório original de grande virtuosismo – quase integralmente dedicado ao próprio quarteto – que tem sido modelo para alguns dos principais ensembles violonísticos da atualidade. Esse trabalho de pesquisa prosseguiu no CD Presença (2004), que traz também a primeira gravação mundial do Quarteto n. 1 de Radamés Gnattali, e no DVD Quaternaglia (2006), gravado ao vivo no Auditório do Itaú Cultural, em São Paulo. Anteriormente, o CD Antique (1996), contendo transcrições de obras renascentistas e barrocas, havia sido finalista do “Prêmio Sharp” na categoria "Música Clássica" e possibilitou ao quarteto receber o “Prêmio Carlos Gomes” da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo como o “melhor grupo de câmara do ano”.
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Segundo os críticos do jornal Los Angeles Times, "o quarteto de violões Quaternaglia foi atraído pela oportunidade de adicionar experiência e tempero a um jovem gênero musical, criando um cânone de fogo" e "uma aura de pureza penetrou o concerto do quarteto de violões Quaternaglia, que preencheu todos os requisitos com serenidade e inteligência em sua estréia na Califórnia".
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Já o crítico do periódico Fort Worth Star Telegram afirmou "os quatro brasileiros tocaram todo o concerto de cor, com integração precisa" e "em concerto que emocionou uma multidão, cada detalhe de interpretação esteve em harmonia". Segundo o Valley Scene Magazine, “a maestria do grupo somente foi igualada pelo seu entusiasmo. Mesmo nos momentos musicais mais complexos, podemos vê-los sorrindo e aproveitando cada momento: a performance foi impecável.
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O álbum de estréia do grupo, lançado em 1995 com a primeira gravação da versão do violonista e luthier Sérgio Abreu para as Bachianas Brasileiras n. 1 de Villa-Lobos, e contendo também a gravação integral da obra para quatro violões do compositor cubano Leo Brouwer, tornou-se um modelo de produção artística e técnica para grande parte dos trabalhos fonográficos do violão clássico brasileiro da segunda metade dos anos 90.
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A proposta ousada e madura do trabalho violonístico-camerístico do Quaternaglia foi imediatamente reconhecida por publicações especializadas, como as revistas Classical Guitar e Les Cahiers de la Guitare.
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Desde a estréia no exterior, no “I Festival Internacional de Violão Abel Carlevaro” (Uruguai, 1996), o grupo tem se apresentado em cidades como Buenos Aires, Caracas, Havana, New York, Los Angeles, Washington, Chicago e em mais de quinze estados brasileiros.
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Também cabe destacar a atuação do Quaternaglia como solista convidado de orquestras no Brasil e nos Estados Unidos. Entre as principais obras de seu repertório de concertos podem ser citadas o Concierto Andaluz, de Joaquín Rodrigo, apresentado como parte das comemorações do centenário de nascimento do compositor no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, O Percurso das Almas Cansadas e Forrobodó, escritas pelos compositores Sérgio Molina e Egberto Gismonti especialmente para a apresentação do Quaternaglia no “I Festival Internacional de Violão de Round Top” (EUA, 2005) e o Concerto Italico, de Leo Brouwer (Cuba), obra estreada no Brasil pelo Quaternaglia em 2004.
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A atividade didática do quarteto também é bastante intensa, e o grupo desenvolve um trabalho acadêmico regular nas cidades brasileiras de São Paulo (SP) e Belém (PA), além de ser convidado periodicamente para ministrar masterclasses e palestras em instituições americanas como Delta State University, University of Arizona, Glendale College, Texas Christian University e California State University, entre outras.
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Na temporada de concertos 2006-2007 o grupo realizou turnês de lançamento do DVD Quaternaglia pelo Brasil e pelos Estados Unidos, onde gravou um novo CD e estreou, ao lado do pianista norte-americano James Dick, o Quinteto para um outro tempo, de Sérgio Molina.
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O crítico Gil French, do American Record Guide, disse: “O Quaternaglia Guitar Quartet foi atordoantemente comunicativo em uma fabulosa versão da ‘Embolada’ de Villa-Lobos, em um comovedor e tranqüilo tema de Egberto Gismonti, no polirrítmico tour de force Baião de Gude, de Paulo Bellinati, e na Sonata Cravo e Canela, de Sérgio Molina. O público exigiu um encore – uma sensacional, clara, lírica e consumadora ‘Fuga’ da mesma Bachianas Brasileiras”.
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Os músicos do Quaternaglia utilizam três violões de seis cordas e um violão de sete cordas especialmente construídos pelo luthier brasileiro Sérgio Abreu.

MARCO PEREIRA

É natural de São Paulo onde fez seus estudos de violão sob a orientação do mestre uruguaio Isaias Sávio no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. Viveu na França por cinco anos; recebeu o título de Mestre em Violão pela Université Musicale Internationale de Paris e defendeu tese sobre a música de Heitor Villa-Lobos no Departamento de Musicologia da Universidade de Paris-Sorbonne.

Em Paris, recebeu forte influência jazzística e também de música latino-americana, o que caracteriza, especialmente, o seu trabalho de composição.
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Apresentou-se com grande sucesso no Festival de Jazz de Paris de 1989, o que lhe possibilitou fazer apresentações na Alemanha, França, Suiça, Dinamarca, Canadá e Estados Unidos.
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Na Espanha, obteve dois prêmios em importantes concursos internacionais: Concurso Andrés Segóvia (Palma de Mallorca) e Concurso Francisco Tárrega (Valência).
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De volta ao Brasil, foi a Brasília a convite da UnB (Universidade de Brasília), para criar os cursos de Violão Superior e Harmonia Funcional. Gravou dois discos pelo selo Som da Gente, de São Paulo (Violão Popular Brasileiro Contemporâneo e Círculo das Cordas), trabalhos que o levaram ao Town Hall, de Nova York, em 1988.
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A partir de 1990, já morando no Rio de Janeiro, participou, em quatro oportunidades diferentes, do Free Jazz Festival: numa memorável apresentação do Trio D'Alma, em 1989; com seu trabalho solo, em 1991; ao lado de Wagner Tiso, em 1992 e ao lado de Edu Lobo, em 1996. Gravou com importantes artistas do cenário musical brasileiro, tais como: Zélia Duncan, Edu Lobo, Cássia Eller, Gilberto Gil, Gal Costa, Wagner Tiso, Daniela Mercury, Zizi Possi, Rildo Hora, Paulinho da Viola, Tom Jobim, Milton Nascimento, Leila Pinheiro, Fátima Guedes, Nelson Gonçalves e Roberto Carlos, entre outros. Recebeu o prêmio Sharp em dois anos consecutivos: em 1993, o de Melhor Arranjador de MPB pelo disco Gal, da cantora Gal Costa e em 1994, na categoria instrumental, o prêmio de Melhor Solista e Melhor Disco Instrumental do ano, pelo trabalho Bons Encontros, em duo com o pianista Cristóvão Bastos.
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Em 1995, lançou três CDs: Dança dos Quatro Ventos pelo selo belga GHA, Elegia pelo selo Channel Classics da Holanda e Brasil Musical pelo selo Tom Brasil de São Paulo. Em 1999, gravou o elogiadíssimo CD de violão solo, Valsas Brasileiras, com um repertório primoroso de modernas valsas populares. Em 2001 lançou o CD Luz das Cordas em duo com o bandolinista Hamilton de Holanda.
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Foi diretor artístico da Série Grandes Encontros, um importante projeto de valorização do músico brasileiro que aconteceu no Teatro Leblon - Rio de Janeiro entre os anos de 1999 e 2002. Tem mantido intensa atividade como solista, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, onde se apresenta freqüentemente.
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Atualmente é professor adjunto no Departamento de Composição da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Suas composições estão editadas pela Editora Lemoine de Paris e pela GSP (Guitar Solo Publications – San Francisco, CA – USA. Suas obras para violão têm sido gravadas e tocadas em concerto por grandes intérpretes americanos e europeus.
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Seus mais recentes lançamentos em CD são: Original – CD autoral com composições próprias para violão solo e O samba da minha terra – com composições próprias e novas leituras de clássicos da música brasileira. Em julho de 2006 participou com grande sucesso do Umbria Jazz Festival na Itália onde fez o lançamento do seu CD italiano Stella del Matino gravado para o selo EGEA – Perugia. Em 2007 foi lançado seu primeiro trabalho de violão com orquestra: o CD Camerístico pelo selo carioca Biscoito Fino, o CD Essence pelo selo europeu Kind of Blue e o livro com CD Ritmos Brasileiros, um trabalho de pesquisa dos principais ritmos brasileiros de todas as regiões do Brasil.
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