(...) Não preciso dizer que, hoje, a Faixa de Gaza é parque de diversões se comparada à travessia Gama Abreu, principalmente, claro, na hora do tal rush.
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Aliás, da mesma forma como dizem que, no futebol, agora não tem mais jogo fácil (tudo mais ou menos igualado na ruindade), na Gama Abreu não tem mais domingo ou feriado (ou vocês não são do tempo em que no domingo Belém tinha as ruas desimpedidas, desengarrafadas, descomplicadas?):qualquer que seja o dia, o trânsito é sempre intenso.
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Outro dia, andando pelo miolo do Reduto, fiquei pasmado&espantado com as antes desafogadas ruas do bairro, Benjamin, Rui Barbosa, Aristides Lobo, Ó de Almeida, agora formigantes de carros enfileirados, buzinando, acelerando, estancando.
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Conclusão:a quantidade de carros circulando cresceu e muito nos últimos quinze anos, uma realidade nacional, mundial.
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E não adianta rasgar ruas e avenidas, erguer viadutos, cavar túneis, privilegiar, como sempre o carro particular em detrimento do patrimônio e do espaço público, da área de lazer, do verde.
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Pode resolver por alguns anos ou nem isso, meses e logo tudo tornará a engarrafar, congestionar.Taí São Paulo como exemplo maior.
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Não há mistério, heterodoxia ou quimera para enfrentar o formigamento motorizado. Deve-se conter a expansão do uso carro particular em favor do transporte público - que precisa de mais investimentos, serviços etc. etc.
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Não é fácil pôr em prática, mas é preciso disposição, coragem de planejamento, o que não existe hoje (e também não existiu ontem) nesses duciomares nunca dantes navegados (e planejados).
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É método confuso que nos explica e subtrai.
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E quem acha que pode, vai passando por cima.
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*Jornalista Elias Pinto > hoje >no Diário do Pará.
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Um comentário:
Gosto aos domingos a noite quando abro a janela e não vejo absolutamente ninguém passando na Rui Barbosa e fico imaginando como era esta rua com o trem passando e apitando e eu, se nessa época morasse na casa que moro, acenando para as pessoas que passavam sentadas no trem.(tem a foto do trem numa placa em frente o Iphan)Fico viajando no tempo, divagando, criando poemas não divulgados e depois volto a realidade que a segunda feira está chegando e que durante a semana inteira nem sequer abro a janela pois o barulho das buzinas é ensurdecedor. Felizes os nossos antepassados que viveram nessa época.Em compensação,hoje, se tivesse o trem, não estaria escrevendo minhas besteiras no blog do meu amigo invisível Ronaldo Franco que eu amo tanto. É a leí da compensação!!! ahahahahah Obrigada poeta por me fazer "viajar" na selva de pedra.Bjsssss
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