Certamente por indigência intelectual, nossos vereadores promovem tristes cenas de comédias de pastelão, substituindo a massa usada nos velhos filmes que conhecemos, simplesmente por óleo de peroba.
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Sou de um tempo em que a atividade política e seus atores exerciam um fascínio muito grande sobre a juventude. Não por acaso, portanto, era comum ver-se a presença constante, nas galerias das Casas Legislativas, principalmente da Câmara Municipal, de alunos dos nossos principais colégios, seduzidos pela riqueza dos debates e pela excelência dos debatedores.
Tamanha era a profundidade desses debates, que não seria exagero dizer-se que, de certa forma, complementavam os ensinamentos recebidos nas salas de aulas.
Nas sessões especiais, de concessão de títulos honoríficos, a freqüência de estudantes era bem mais expressiva, até porque os homenageados detinham realmente méritos para receber a homenagem e seus discursos de agradecimento se constituíam verdadeiras preciosidades, do ponto de vista literário.
Até onde alcança a memória, lembro que pela tribuna do nosso legislativo mirim passaram figuras da envergadura intelectual de uma Eneida de Moraes(foto), a sempre festejada Eneida, nossa cronista maior; Doutor Rubem Azulay, paraense reconhecido mundialmente na área da Dermatologia; professoras Anita Müller e Anunciada Chaves, mestras de várias gerações; professor Armando Mendes, nacionalmente reverenciado; e outras personalidades marcantes, da ciência, das letras e das artes.
Como no dizer do poeta o tempo não para, hoje a situação é bem diferente. Os nossos jovens já não mais frequentam nossos legislativos e não se atribua essa ausência a um possível desinteresse intelectual da juventude, que felizmente continua interessada em agregar novos conhecimentos.
Acontece que hoje o Plenário da Câmara se transformou em ringue de vale tudo, onde a força do argumento se viu substituída pelo argumento da força e os nossos edis, certamente por indigência intelectual, promovem tristes cenas de comédias de pastelão, substituindo a massa usada nos velhos filmes que conhecemos, simplesmente por óleo de peroba.
Como pretender-se, então, grandes debates, se os atores de hoje são jejunos culturalmente.
Tamanha era a profundidade desses debates, que não seria exagero dizer-se que, de certa forma, complementavam os ensinamentos recebidos nas salas de aulas.
Nas sessões especiais, de concessão de títulos honoríficos, a freqüência de estudantes era bem mais expressiva, até porque os homenageados detinham realmente méritos para receber a homenagem e seus discursos de agradecimento se constituíam verdadeiras preciosidades, do ponto de vista literário.
Até onde alcança a memória, lembro que pela tribuna do nosso legislativo mirim passaram figuras da envergadura intelectual de uma Eneida de Moraes(foto), a sempre festejada Eneida, nossa cronista maior; Doutor Rubem Azulay, paraense reconhecido mundialmente na área da Dermatologia; professoras Anita Müller e Anunciada Chaves, mestras de várias gerações; professor Armando Mendes, nacionalmente reverenciado; e outras personalidades marcantes, da ciência, das letras e das artes.
Como no dizer do poeta o tempo não para, hoje a situação é bem diferente. Os nossos jovens já não mais frequentam nossos legislativos e não se atribua essa ausência a um possível desinteresse intelectual da juventude, que felizmente continua interessada em agregar novos conhecimentos.
Acontece que hoje o Plenário da Câmara se transformou em ringue de vale tudo, onde a força do argumento se viu substituída pelo argumento da força e os nossos edis, certamente por indigência intelectual, promovem tristes cenas de comédias de pastelão, substituindo a massa usada nos velhos filmes que conhecemos, simplesmente por óleo de peroba.
Como pretender-se, então, grandes debates, se os atores de hoje são jejunos culturalmente.
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Os brilhantes, ah!, os brilhantes são hoje apenas retratos na parede.
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Pensar não dói. Uma nova eleição se aproxima.
Pensar não dói. Uma nova eleição se aproxima.
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8 comentários:
A nossa câmara virou um circo,caro poeta.Uma vergonha.
José Leão
A câmara de vereadores é um exemplo da decadência cultural de nossa cidade.Luzia Falcão
Muito oportuno seu comentário.Nossa câmara é hj , como diria o boris casoy, é uma vergonha ou muito mais, caro poeta.
Fernando cesar
Uma Vergonha Uma miserável vergonha Uma vergonha para nós que amamos Belém
Cristovão Tavares
São absurdamente e completamente despreparados.Pobre Belém.
Claudia
Eles são os camelôs mais engraçados de Belém.Seria divertido encontrá-los na presidente vargas competindo
com quem realmente trabalha.kkkk
Alessandra Pimentel
É o circo dos horrores.
Laura
Como são infantis os argumentos de nossos vereadores.A câmara é um jardim de infância.Com meninos que não querem estudar os problemas de nossa cidade.
Eliezer Botelho
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