quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

O passeio

Foto:Renata Reis
Na floresta de pedras - o passeio – em vias de extinção...

Nada será como antes.
A vida carrega nas costas a mochila do medo.
A violência bate à sua porta, a toda hora. Mata a gentileza cabocla.
Estamos paralisados entre as serenatas, de uma Belém inocente, cordial, e a decepção com o futuro simplificado:- entre criminosos e vítimas.
Nessas circunstâncias, nossos caminhos humanos tropeçam no vazio.
Debaixo da brutalidade, os melhores sentimentos são sufocados.
Respeito, amor, compaixão, solidariedade diante do mano desaparecem no lixo cotidiano.
Somos uma população vulnerável. Insegura. Os bandidos tornam-se animais ferozes, tocaiando homens, mulheres, idosos e crianças. E daí cresce o pânico: posto que a morte está em todo lugar.
Nas ruas de Belém – a humanidade passeia – em vias de extinção...
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(RF)
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2 comentários:

Benny Franklin disse...

Texto poético de rara inspiração:
posto que berra os feitos desumanos.

Boa, RON!

Anônimo disse...

Estão matando a nossa Belém.O que será de nós,poeta?

Elvira Souto.