segunda-feira, 19 de maio de 2008

Fundação Carlos Gomes - Projeto música e cidadania






Fundação Carlos Gomes - Compromisso com a Vida
Projeto música e cidadania


Já é bastante conhecido o efeito muitas vezes surpreendente da aplicação da música no universo da educação especial, inclusive no que diz respeito ao tratamento de pessoas com os mais diversos tipos de distúrbios neurológicos ou perceptivos.
A música humaniza o relacionamento e, integrada a uma abordagem clínica, integra as dimensões psicológica, moral e espiritual, tanto das afecções quanto de seu tratamento.

A Fundação Carlos Gomes, imbuída desses princípios, criou e disseminou o encontro desses conceitos através do projeto “Música e Cidadania”, cujos ideais, expressos no próprio título do projeto, reiteram a importância da música como forma de humanizar esse processo de integração social.

Instituído em parceria com a Associação de Portadores de Necessidades Especiais (APPD), o “Música e Cidadania” conta com a experiência e sensibilidade, como coordenadora, da assistente social Dayse Addário, professora licenciada em Música pela Universidade do Estado do Pará (UEPA). “A musicalização”, ressalta Dayse, “é um importante instrumento de valorização social e de inclusão cidadã”.

Os professores responsáveis pela aplicação do projeto cumpriram um período de capacitação técnica e psicológica, de maneira a conhecer e avaliar a potencialidade e diversidade de seus alunos, abrindo caminho para uma integração capaz de fazer desabrochar a criatividade inerente de cada ser humano, respeitando a individualidade e, no caso, as necessidades especiais de cada um.
Esta abordagem é, comprovadamente, um meio eficiente de aprimorar a sociabilidade, auto-estima e sensibilidade dos alunos. A aliança desses métodos estimula-lhes a criatividade e o aproveitamento dos conhecimentos adquiridos.

Vale frisar que o espaço e os instrumentos necessários para a execução do projeto são cedidos pela APPD. Por sua vez, a Fundação Carlos Gomes disponibiliza uma equipe treinada de professores de musicalização para o ensino de flauta doce, violão, cavaquinho, teclado e canto, com ênfase na música popular.

O projeto será desenvolvido, numa primeira fase, durante o período de um ano, prevendo-se sua continuidade para níveis e módulos avançados de acordo com o aproveitamento dos alunos participantes. As turmas são organizadas por faixa etária e têm duas aulas por semana, com duração de uma hora cada.

Para a realização desse projeto ao mesmo tempo inovador e de profundo significado social, assinalando o encontro entre música e terapêutica, digamos, voltada para a consolidação da cidadania, é necessário destacar o empenho do professor Antonio Carlos Braga, superintendente da Fundação Carlos Gomes.
Sua própria experiência como músico consolidou a idéia de que a música deve ser acessível a todos. E mais: ensinou-lhe que o apregoado talento inato, de berço, muitas vezes é um mito.
O aprendizado e a aplicação ao ensino, não raro, são a porta que se abre para que esse talento se manifeste, fruto do empenho tanto de um mestre atento e estimulador de potenciais quanto de um discípulo disposto a expressar-se através dessa arte sem fronteiras e que fala todas as línguas, a música instrumental.

“O nosso principal objetivo é o de que todas as pessoas podem e devem ser incluídas em processo de aprendizagem dessa natureza, especial, inclusive. Para tanto, nossos profissionais ficam em constante pesquisa e investigação a respeito das alternativas metodológicas para o ensino de música, pois este é um direito de todos”, conclui o superintendente Antonio Carlos Braga.
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9 comentários:

Dayse Addario disse...

Resumiu de forma sensível e primorosa a essência deste trabalho tào bonito e importante!
Muitíssimo obrigada, meu poetinha!

Ellie Valente disse...

Belissímo texto para a beleza e sensibilidade deste projeto, que a cada dia me emociona e me deixa feliz em participar.

Priscix disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Priscix disse...

Fico orgulhosa de ver que um projeto como esse tem dados frutos tão expressivos, ver meu primo Laércio tocando não só um simples violão, mas tocando os belos acordes de sua própria trajetória, bem como muitos outros atendidos pelo projeto.
Parabéns professora Dayse e demais colaboradores.

Anônimo disse...

Poesia:
O mundo ainda pertence aos que sonham e vivem a procurar mundos nas janelas da alma, nos escaninhos da saudade, no por do sol de cada dia.
bjs
RM

Marisa Brito disse...

São essas coisas que me fazem crer num futuro melhor para nosso mundo!

Anônimo disse...

Isso vale muitas vidas!



Aluísio Vieira

Anônimo disse...

Isso é bom demais.
Glória Trindade

Anônimo disse...

É cara arrasou!!!Gostei de ver