Eles eram mais de um milhão quando aqui chegou o colonizador europeu. De extermínio em extermínio, depois de 500 anos, hoje eles não chegam a 200 mil.
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Uns poucos ainda resistem, escondidos nas últimas lonjuras da selva, fugindo ou evitando ao máximo o contato com os chamados agentes da civilização.
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Índio aculturado é índio degradado (degradação, palavra que, como estigma, queima a alma da raça que fundamentalmente nos formou), disse o santo Noel Nutels, pouco antes de morrer, depois de toda uma vida dedicada à redenção do índio brasileiro.
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A maioria esmagadora dos nossos índios enfrenta hoje, perplexa perante si mesma, essa degradação imposta pelo branco e que começa já no simples contato com o civilizado e que se prolonga sem nunca terminar, porque só acaba com a morte, durante o que a terminologia da desproteção oficial chama de período de transição.
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É durante esse período que a tribo se vai perdendo de si mesma, que o índio vai deixando de ser índio, que ritos e mitos se vão esgarçando - enfim toda uma cultura construída durante séculos e que de repente é esvaziada de significado pela imposição inevitável dos padrões culturais do homem branco.
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*Thiago de Mello *No seu livro: "Amazonas" > Pátria da Água. Bertrand Brasil.
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Uns poucos ainda resistem, escondidos nas últimas lonjuras da selva, fugindo ou evitando ao máximo o contato com os chamados agentes da civilização.
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Índio aculturado é índio degradado (degradação, palavra que, como estigma, queima a alma da raça que fundamentalmente nos formou), disse o santo Noel Nutels, pouco antes de morrer, depois de toda uma vida dedicada à redenção do índio brasileiro.
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A maioria esmagadora dos nossos índios enfrenta hoje, perplexa perante si mesma, essa degradação imposta pelo branco e que começa já no simples contato com o civilizado e que se prolonga sem nunca terminar, porque só acaba com a morte, durante o que a terminologia da desproteção oficial chama de período de transição.
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É durante esse período que a tribo se vai perdendo de si mesma, que o índio vai deixando de ser índio, que ritos e mitos se vão esgarçando - enfim toda uma cultura construída durante séculos e que de repente é esvaziada de significado pela imposição inevitável dos padrões culturais do homem branco.
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*Thiago de Mello *No seu livro: "Amazonas" > Pátria da Água. Bertrand Brasil.
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Um comentário:
Esse "periodo de transição" é pior que a janela imunológica da Aids onde o vírus fica latente e depois de seis meses o vírus aparece e será tratado,dando chance para que o homem sobreviva até surgir a cura.
No período de transição dos índios, o que esperar deles sem amparo oficial?Sem suas ervas milagrosas, sem seus cânticos e danças que os religam a Deus?
Podemos esperar, dentes podres, doenças dos homens brancos,muita cachaça na cabeça para poder esquecer nem que seja por segundos que o jogaram no caldeirão do inferno da corrupção, da inveja, da competição, da falta de respeito ao próximo, da falsa batidinha nas costas e na cotovelada sútil de quem não fez por querer quando na verdade o intuito é tirar voce do seu lugar e ele passar na frente.
Merda, e não há como se rebelar com 200.000 facões amolados quando temos um exército de bilhões de armas bélicas que atingem os "homens comuns" que dirá em gente que eles não consideram gente.?
Só nos resta infelizmente esperar a proteção da mãe deles, a mãe natureza e infelizmente, com ela ninguém pode e aí virá a destruição, a purificação para poder surgir uma civilização feliz que cantará: "um indio descerá de uma estrela colorida e brilhante....apaixonadamente como Bruce Lee, virá que eu ví."
Nesse dia, os homens ter
ão abertos as portas dos seus corações e teremos os países sem fronteiras, as criaturas sem ódios e o tão sonhado Paraíso Terrestre como falou Meishu Sama, o Reino dos Céus na Terra como falou Cristo, o Mundo de Miroku como falou Buda e o Jardim das Doçuras como falou Nitiren e aí nos abraçaremos uns aos outros e aí sim poderemos dizer sem vergonha: "Sim, os indios são nossos irmãos". smacksssssss
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