sexta-feira, 23 de abril de 2010

Entrevista (exclusiva) com o arquiteto Paulo Cal

Paulo Cal:Os "companheiros" trabalham sincronizados como num formigueiro com mais de uma rainha.
O sujeito pode até bater na mãe do outro que continua "companheiro". Paulo Cal em uma entrevista relâmpago.
A pergunta do blog foi um chuvisco. A resposta:uma longa tempestade.
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Ronado Franco: Cal, como foi a chuva sobre o Rio de Janeiro e a que encontraste de volta no Pará?
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Paulo Cal: Na nossa jovem sociedade brasileira, por mais que os psicólogos advoguem que as crianças nascem com o sentimento da empatia impresso no seu DNA, - da empatia como raiz da moral humana, o identificar-se com o outro, com a dor do outro - para mim parece não existir.
Não olhamos para os miseráveis na rua, ignoramos a mão estendida, a carência dos desvalidos. Adotamos uma estratégia de sobrevivência individual tão cruel quanto racional - e que ajuda a manter nossa velha conhecida estrutura social cindida e psicopatizada. A chuva no Rio foi o reflexo disto tudo.


Essa cisão não é apenas social, mas também geográfica - o que aconteceu no Rio de Janeiro também acontece no Pará.
O carioca médio, do asfalto e do morro é um estrangeiro onde nasceu. Não há outra grande cidade no mundo que tenha tantas áreas de circulação excludentes tão próximas. O carioca não circula e não toma a cidade para si. O carioca da Zona Sul não conhece Madureira, o carioca da Zona Norte tem vergonha de ir à praia do Leblon. Ele se divide entre comunidades no morro ou dos postos das praias da cidade.
É claro que a estupidez da excludência não é exclusividade de quem mora no asfalto. O pessoal do morro também exclui as comunidades vizinhas e quase sempre rivais.
Tamanho descompromisso com os outros - e conosco também - em última instância traduz-se na perpetuação de estúpidos políticos que depois de tragédias anunciadas como a da semana retrasada, vem a público simular consternação e anunciar ações de parceria governamental eleitoreiras entre a União, Estado e Municípios, como se fosse um "reality show" permanente
com Lula, Dilma, Cabral

e Eduardo Paes em "fremente lua de mel entre eles", como vaticinou Nelson Rodrigues sobre políticos brasileiros.
No Pará parece que as chuvas de março e abril apenas deixaram buracos nas ruas de Santarém, inundações nas ruas de Icoaracy e lixo nas calçadas, ruas e praças da cidade de Belém. No caso de Belém parece que o nosso alcaide tem o narcisismo, a insensatez e a incompetência do nosso velho sindicalista deslumbrado - um dia abraça um, no outro, outros e viaja sem nada saber ou perceber.
No mais, os "companheiros" no Estado trabalham como num formigueiro com mais de uma rainha. O sujeito pode até bater na mãe do outro que continua "companheiro". Até para nomear e demitir de uma só vez a Élida

fazem um bicho de 7 cabeças que mais envergonhou a Élida do que o Governo.
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A maior realização do governo do Pará - como disse Jabor sobre o governo petista - foi a desmontagem da Razão.
Podemos decifrar, analisar, comprovar crimes ou roubos mas nada acontece.
Ninguém tem palavras para exprimir indignação, ou melhor, ninguém tem mais indignação para exprimir em palavras.
Está chovendo e muito, dentro de nós.
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Ronaldo Franco: É verdade. O nosso orgulho está cheio de goteiras.
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11 comentários:

Anônimo disse...

A indignação é febre alta em Belém, Paulo Cal. O povo belenense
está delirando de indignação.
E tu tens razão. Esse governo tem muitas rainhas.Por isso o palácio
é um formigueiro.
O Pt pode até ganhar com a votação do interior com o apoio do deputado Jader.Mas aqui em Belém o Pt vai sofrer.Vai sofrer muito.
Parabéns pela entrevista.

Guilherme Mello

Anônimo disse...

Prof. Paulo Cal
Na faculdade perguntamos para dez pessoas que votaram na governadora e que brigavam por ela, em quem votariam para governador na próxima eleição.Os dez petistas responderam:não votarei na Governadora.
O que estou te dizendo não é brincadeira, não.Faça o teste. Tu deves conhecer muitos petistas.
Abraços de Tadeu.

Anônimo disse...

O maior inimigo do PT é o PT.Eles se mordem,eles se insultam, eles
se matam pelo voto.
Estão certos.Éa luta pela sobrevivência.Muitos deles nunca tiveram um emprego tão bom.Uma casa. Um carro. Hoje a maioria tem.E quem querlargar isso, senhor Paulo Cal?
Amélia Pedrosa.

Anônimo disse...

Espere só mais um pouquinho, senhor Cal.A Governadora ainda vai melhorar a vida dos mestres.Pois é a sua promessa de campanha. Espere e verá.Tem gente que acredita. E o senhor?

Tina.

Anônimo disse...

Tenha esperança, Paulo Cal.

Jante.

Anônimo disse...

Tá feio o Pará.

Téo

Anônimo disse...

Bravo, Paulo Cal.E tem tantas pessoas pensando como o senhor e não falam nada.Ficam caladinhos.
Se o senhor viu no jornal, o Yamada
convidado para ser vice ,mostrou o grande erro do governo.O de ouvir a cozinha do palácio.Onde fritam gente competente para dar lugar aos amigos.
As rainhas estão cegas, senhor Paulo Cal.
Parabéns.O senhor tem coragem. Em Belém, só se tem a coragem de ser hipócrita.
Keila Vasconcelos. Professora.

Anônimo disse...

Keila

Os interesses, os negócios,amordaçam a verdade.
Ássim caminha o Pará.

Edvaldo Santos

Anônimo disse...

Os professores eram a maior militância do PT.Hoje, essa militância quer ver de longe o PT.
E outras tantas militâncias em outras áreas já gritam,PT nunca mais.
É um recado para as rainhas.
Pra ganhar essa eleição, as rainhas vão ter que rebolar muito. Muito.
Lígia.

Anônimo disse...

Paulo, tou contigo. Toma mais um gole da branquinha e manda esses petistas de merda irem tomar no cú!

Anônimo disse...

Adoro ouvir o Paulo Cal falar e meter o pau no PT. Eles merecem! Sempre os donos da razão, sempre botando o dedo na cara dos outros, sempres sonsos e idolatrando porcarias como Lula e Ana Júlia, essa então, uma vaca louca que fez o pior governo da história, sempre acobertando bandidos como Calheiros, Palocci e Genoíno, e aquela corja de bandidos rurais conhecida como MST. Ele baixa o pau sem medo no que está errado e os petistas se inflamam porque são incompetentes e o que é pior, fanáticos cegos que enxergam apenas o cú dos outros, e se esquecem de limpar o seu.