Tacacá A cuia nas mãos em concha
Bebo o tucupi mais amarelo
que Van Gogh pela manhã
O jambu
repete os tremores do beijo
A pimenta
é como pôr saliva sobre os olhos
O sal e o alho espantam o tédio
Um gole na goma:
-Um súbito vulcão do prazer
É preciso morder o camarão
e sentí-lo na boca com o seu todo
Não se arranca o tacacá
das mãos da tacacazeira:
Cheira-se
Olha-se
Degusta-se
Como quem se debruça sobre o amor
enquanto a tarde some...
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(RF)
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***
3 comentários:
meu amigoo, eu simplesmente amei...fora a vontade que me matou agorinha mesmo de tomar um tacacá...hummm...to sentindo até o cheiro com esse poema.Sempre nos surpreendendo.Que Deus mantenha sempre esse amigo maravilhoso.
sua amiga,Nancy Pessoa.
Lindo poema, querido Ronaldo.
Alana Chermont
Companheiro muita inspiração;divino
um abraço
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