Um dia na vida do século XXI
A ficção científica sempre foi vista como algo menor, fruto de devaneios de alienados. Algo que não acrescenta nada, em qualquer meio artístico em que se desenvolva, e quem levanta a sua bandeira está fadado a zombarias diversas. Isso, nos dias de hoje. Imaginem há alguns anos, quando a ciência e a tecnologia não haviam ainda alcançado o seu atual nível de excelência e várias das investigações científicas comprovadas, atualmente, não passavam de mera especulação. Nesse contexto, surge um homem. Um cara que pavimentou o caminho para a ficção ser tratada seriamente, fazendo o que ele mesmo afirmava ser “no limite do possível”: Arthur C. Clarke.
A ficção científica sempre foi vista como algo menor, fruto de devaneios de alienados. Algo que não acrescenta nada, em qualquer meio artístico em que se desenvolva, e quem levanta a sua bandeira está fadado a zombarias diversas. Isso, nos dias de hoje. Imaginem há alguns anos, quando a ciência e a tecnologia não haviam ainda alcançado o seu atual nível de excelência e várias das investigações científicas comprovadas, atualmente, não passavam de mera especulação. Nesse contexto, surge um homem. Um cara que pavimentou o caminho para a ficção ser tratada seriamente, fazendo o que ele mesmo afirmava ser “no limite do possível”: Arthur C. Clarke.
.
Mais conhecido como o autor de “2001: uma odisséia no espaço”, que Stanley Kubrick tratou de transformar em um clássico do cinema (foto), Clarke é responsável por, pelo menos, outros sessenta títulos que colocam a ficção científica em evidência. Morto no ano passado, aos 90 anos de idade – embora achasse que passaria facilmente dos 100, com todo o aparato tecnológico disponível –, ele nunca precisou ser redescoberto. Sua obra sempre permaneceu atual, interessante e com um público fiel, disposto a descobrir os mistérios da existência.
Mais conhecido como o autor de “2001: uma odisséia no espaço”, que Stanley Kubrick tratou de transformar em um clássico do cinema (foto), Clarke é responsável por, pelo menos, outros sessenta títulos que colocam a ficção científica em evidência. Morto no ano passado, aos 90 anos de idade – embora achasse que passaria facilmente dos 100, com todo o aparato tecnológico disponível –, ele nunca precisou ser redescoberto. Sua obra sempre permaneceu atual, interessante e com um público fiel, disposto a descobrir os mistérios da existência.
.
Nas minhas andanças nos sebos de Belém, encontrei alguns de seus livros e não pensei duas vezes: hora de gastar. Nessa semana, terminei a leitura de “Um dia na vida do Século XXI”, onde o autor faz projeções, de forma totalmente embasada - através de consultas a vários pesquisadores de cada área do conhecimento contemplada no livro -, de como será a vida em 2019, ano em que a viagem do Homem à Lua completará 50 anos.
.
Escrito em 1989, o livro prende a atenção por não ter um caráter didático, embora sua divisão por tópicos possa causar essa impressão. A cada capítulo, Clarke desenvolve suas teses sem perder o lirismo e o senso de humor. E o tema colabora para tal. Afinal de contas, o fascínio que a Lua e o espaço exercem sobre a humanidade vem carregado de extrema poesia, e a própria ciência envolvida acaba ficando em segundo plano algumas vezes.
Escrito em 1989, o livro prende a atenção por não ter um caráter didático, embora sua divisão por tópicos possa causar essa impressão. A cada capítulo, Clarke desenvolve suas teses sem perder o lirismo e o senso de humor. E o tema colabora para tal. Afinal de contas, o fascínio que a Lua e o espaço exercem sobre a humanidade vem carregado de extrema poesia, e a própria ciência envolvida acaba ficando em segundo plano algumas vezes.
.
Assim, vamos passando em revista um dia na vida de um hospital, de um robô, nos transportes, estudos, até chegarmos ao ponto em que “a vida encontra a morte e dá a volta por cima”. É um mundo incrível, ainda mais pelo fato de que várias das “previsões” são altamente possíveis. Por exemplo, os hospitais vistos como grandes empresas, brigando por lucro e clientes; ou então o fato de que assistir aos lançamentos de Marilyn Monroe não será problema. Não que ela tenha ressuscitado, apenas foi recriada digitalmente, o que não está longe de acontecer. Algumas tentativas já foram feitas. Marlon Brandon e Lawrence Olivier já “renasceram” em algumas produções. E mais vêm por aí, podem apostar.
Assim, vamos passando em revista um dia na vida de um hospital, de um robô, nos transportes, estudos, até chegarmos ao ponto em que “a vida encontra a morte e dá a volta por cima”. É um mundo incrível, ainda mais pelo fato de que várias das “previsões” são altamente possíveis. Por exemplo, os hospitais vistos como grandes empresas, brigando por lucro e clientes; ou então o fato de que assistir aos lançamentos de Marilyn Monroe não será problema. Não que ela tenha ressuscitado, apenas foi recriada digitalmente, o que não está longe de acontecer. Algumas tentativas já foram feitas. Marlon Brandon e Lawrence Olivier já “renasceram” em algumas produções. E mais vêm por aí, podem apostar.
.
Devo começar logo a leitura do próximo livro de Clarke, tenho certeza que não vou me decepcionar. Ele entendia bem o que significava a ficção científica, dando-lhe o seu correto valor social, servindo “como sistema de alerta antecipado”, ou seja, através de suas “visões do futuro”, buscar os melhores caminhos para a nossa raça. E é exatamente isso que fazem os melhores programas de televisão e filmes do gênero. “Jornada nas Estrelas”, por exemplo, nada mais é do que um grito de paz, de mostrar como a convivência entre os povos é fundamental para a evolução do mundo. Esse é o legal da ficção.
Devo começar logo a leitura do próximo livro de Clarke, tenho certeza que não vou me decepcionar. Ele entendia bem o que significava a ficção científica, dando-lhe o seu correto valor social, servindo “como sistema de alerta antecipado”, ou seja, através de suas “visões do futuro”, buscar os melhores caminhos para a nossa raça. E é exatamente isso que fazem os melhores programas de televisão e filmes do gênero. “Jornada nas Estrelas”, por exemplo, nada mais é do que um grito de paz, de mostrar como a convivência entre os povos é fundamental para a evolução do mundo. Esse é o legal da ficção.
.
****
Um comentário:
Tomando como base este post, vou comprar o livro 2001 e A vida(...) do autor. Gosto de saber quem compra livros sob minha recomendação, então, aqui te digo que estes dois livros vou comprar explícitamente por causa deste texto. Obrigado.
Postar um comentário