quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Elegia (III) > poema de Max Martins

Foto:Renata Reis
Nenhum pássaro na manhã cantou o teu soluço.
Calço os teus sapatos (mas o teu silêncio como dói)
E com eles caminho meio mundo inultimente:
Faltam os teus passos
E a tua voz impertubável.
.
Resta o guarda-sol
Mas me falta o jeito de carregá-lo
E a sombra.
Se cinco anos andei com teus conselhos
Agora estou só com tua camisa.
Deixaste uns gestos tristes nos espelhos
Com uma imensa interrogação à minha filha
E muitas vezes é o teu próprio riso que trazem até
as cadeiras da varanda.
.
Hoje o mundo corre abaixo de teu retrato.
.
***

16 comentários:

Luz disse...

De manhãs e pássaros,
de rios e de todos os silêncios
o poeta deixa rastros de todos nós.
Assim seja,
assim se faça!!!

Roseli Sousa

sofialisboa disse...

restam as saudades sem fim, as memorias que ficam...gostei sofialisboa

Anônimo disse...

its good and nice blog

Anônimo disse...

Mais um poeta belo e profundo que se vai. Espero que seja reconhecido por outros leitores felizes que não apenas os paraenses.

A dor da perda não tem consolação sob o sol abrasador de Belém, mas então vem a chuva. Vitória não nos dá essas nuances. Apenas o mar, infinito e metamórfico.

Daqui das terras capixabas, um grande abraço fraterno,

Zé Augusto

disse...

"mas o teu silêncio como dói"
Preciso comentar?
Dói mesmo... é dor de amor, é dor de saudade...

Cris Rubi disse...

Oi, vim te agradecer por acompanhar meu blog, não sei se havia agradecido antes, mas é que fiquei tanto tempo ausente que já não me lembrava mais,desculpa a demora em responder-te
beijo grande
Volte sempre

Safira disse...

Olá Poeta!

Agradeço a sua visita ao Blog Rosa Amarela. Passei por aqui para retribuir a sua visita e gostei do seu blog. Parabéns!

Adicionei-o à minha lista de blogs.

Um abraço,

Safira

Adriana Riess Karnal disse...

"agora estou só com tua camisa"...ah, vestiu-se de solidão...poema triste e belo esse seu.

Eduardo disse...

Parabéns por este espaço...palavras e imagens...estarei acompanhando este blog.
um abraço e muita paz

Anônimo disse...

LIndo Poema.

Ester Soares.

Unknown disse...

Adorei esse poema e muito interessante fala dos passáros e muito comovente e um poema que mexe muito cm o coração da gente.


Um abraço, Carla!!!!!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

E um grande prazer entrar neste blog,pois numca imaginei me depara com tantas poesias lindas.este poema nos fala de saudade,fala do vazio que max deixou,mas apesar da tristeza entre seus amigos,ele jamais sera esquecido.parabens pelo lindo trabalho.

Anônimo disse...

E com grande prazer entrar neste blog,pois jamais imaginei me depara com tantas poesias lindas,Esta poesia nos fala de saudade,fala do vazio que Max deixo,mas apesar da tristeza entre seus amigos ,ele jamais sera esuqecido,parabens pelo lindo trabalho.marcileia sodre.

Unknown disse...

Pensar em poesia paraense, não há como não lembrar Max Martins. Poeta paraense desencarnado aos 82 anos, que muito contribuiu para a literatura paraense.

Unknown disse...

"(...) A faça corra o pão/separando o tempo em nós/Mas o relógio continua(...)"
Que saudade Mas...💔

Unknown disse...

A faca corta***