sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O cara


Excêntrico, espaçoso e possessivo. Um ser militante do ócio: não cria, não ensina, rejeita desafios. Boto cínico, tralhoto, traíra.
É o Che Viagra. O “orgasmo” da cidade.

Ataca (prefencialmente) mulheres que trocam de maridos e moram sozinhas, que dizem palavrão, que enfiam o biquíni dentro do fiofó . E faz proselitismo de seus hábitos sexuais e ama os que entregam intimidades na mídia.
Cara de happening. Um pária no meio cultural. Um especialista na mentira. Profissional do copo (passa horas tomando uma só dose de Red). De educação só gestual: não sabe segurar um garfo. Tem multidões de desafetos. Grita seus ódios e murmura suas admirações (é fã do Bin Laden).
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Primeiro Adão (no paraíso das mangueiras) a perceber a força da imagem: sempre vestido de preto e com os dentes branqueados.
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Aqui, descobriu o céu (sem limite) e o arco-íris político.
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Ele tem nome na praça, contatos e tempo de sobra. Não veio ao mundo para ser ignorado. Foi parido na polícia. Em suas conversas sempre repete:- no meu, não.

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Você o conhece?
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(RF)
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3 comentários:

Anônimo disse...

Conheço muitos Ches Viagras, poeta.

Belém está cheia deles.
E eles estão sempre por perto.Farejando a caça.Só não vê quem não quer.

Diana

papistar_nunes disse...

Égua, parece assombração ahahahahaha

Anônimo disse...

Se fosse só um,poeta, se daria um jeito.
Em todo lugar tem muitos.Muitos.

Heliana Gomes (SP)