sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A Volta dos Que Não Foram > texto de Carlos Eduardo Vilaça

Na foto > o jornalista Carlos Eduardo
Não dá para deixar passar essa. Na última terça-feira, "mataram" o poeta e colunista do Por Aí, Ronaldo Franco. Mas, como um clássico zumbi dos filmes de terror (nesse caso, com altas doses de humor negro), Ronaldo retornou à vida. Só com uma pequena diferença: ele não está interessado em devorar cérebros ou outras partes do corpo. Não. Ele quer apenas continuar nos brindando com o seu bom humor, sagacidade e textos deliciosamente humanos.

Apesar de este ser um caso típico para discussões sobre a importância de checar a notícia, daqueles que vêm prontos para serem debatidos em sala de aula, não quero tratar de jornalismo aqui. Muita gente já vai fazer isso, tenho certeza. Se o Ronaldo me permite, depois do susto sempre chega a hora de fazer graça. E, para isso, nada melhor que relembrar alguns casos famosos de mortos que, ao invés de choro, nos fazem rir até não poder mais.
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Quem não se lembra do episódio "O caso do morto que morreu", do Chapolin Colorado? A luta dele com o defunto, que, no fim, não era tão defunto assim, é fora de série: "Não adianta fingir, não. Vamos, reaja, anda, reaja." É, parece que a polícia teve a mesma astúcia demonstrada pelo Vermelhinho e não contava que Ronaldo segue o mesmo lema do herói mexicano:´" É preferível morrer do que perder a vida".
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Esse poeta só morre se for de amor, hehehe.
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Quer mais um exemplo tão absurdo quanto a "morte" do Ronaldo? O que é então, "Um morto muito louco?" Já viram esse, né? Totalmente Sessão da Tarde. Só que neste filme é o contrário: um bando de idiotas que não percebe que um cara já passou para o outro lado, criando situações incrivelmente engraçadas. As toscas camuflagens são o que há de melhor nesta comédia dos anos 80. Ah, se tivesse Twitter naquela época... Todos saberiam da verdade em sete minutos.
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É indispensável lembrar também a saga "A volta dos mortos-vivos" e as paródias do gênero, como "Todo mundo quase morto". Mesmo com sangue e tripas para todos os lados, o toque do humor dá um surrealismo a essas produções, que torna a morte aceitável e até fascinante.
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Cara, só de recordar esses clássicos dá vontade de fazer um filme dessa história do Ronaldo. O título? Que tal "Poesias do além" ou algo do tipo?
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Só que o nosso poetinha vai ter que mudar um pouco o estilo, quem sabe incorporar um Baudelaire ou um Byron, para ficar mais próximo do tema em questão.
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E aí, amigo, topa essa ?
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- Topo! hehehe.
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