Margeando o Rio Pará
Marolas me interrogam
Maresia barrenta
Fúrias e pacto
Sequestram meus olhos
Confinam minha íris
.
O sentimento move-se
No penhasco de mormaço e sombras
.
Vida e tempo movem-se e sobrevivem
Em reentrâncias e presságios.
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2.
...As ilhas, as praias
Maiandeuas íntimas
Entreilhas-verbo
Vocabulário meu, sílaba minha
O arquipélago mapear
.
Navegar em língua-guajará
Em dia a dia sombrio
Cruzar o farol de Salinópolis
Acenar do Estreito de Breves
E em breves trovas ancorar
Em trapiches sonolentos
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3.
A água canta
a memória dos peixes
.
nadar é voar
andar é viajar
ou deve
.
pois nascemos móbiles
.
ou tudo aqui é fingimento
espectro elidido, crepúsculo
inviolável
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Um comentário:
Esse cara é um senhor letrista.Não conhecia os seus poemas.
Téo.
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