domingo, 25 de janeiro de 2009

Poeta Antônio Maria

Foto:Renata Reis* A mais leve carícia de sua mão sobre o corpo da amada que dorme poderá quebrar a solidão do sono e a tranquilidade da carne já não seria completa (contente-se com enternecer-se, sem tocá-la).
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* Seu sossego é o de quem vai ser flor, após o último vício e a última esperança.
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*A amada tem sob os cílios a sombra suave das nuvens.
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* Se for preciso despertá-la, que seja com ruídos aparentemente casuais.
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*Um homem e uma mulher jamais deveriam dormir ao mesmo tempo, embora invariavelmente juntos, para que não perdessem, um no outro, o primeiro carinho de quem desperta.
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*Mas já que é isso impossível, que ao menos chova, a noite inteira, sobre os telhados dos amantes.
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* Do livro "O jornal de Antônio Maria".
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Antônio "Maria", que, segundo Paulo Francis, "como Wilde (é o que dizem), falava melhor do que escrevia. Nunca chegou a se desinibir o suficiente por escrito.
Basta lembrar a paródia que fez de Ninguém me ama, uma noite, no Michel quando um cantor chato, para agradá-lo, começou a cantar o samba: "Ninguém me ama, ninguém me quer, ninguém me chama de Baudelaire"...
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2 comentários:

Sarmento disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sarmento disse...

Visitar seu blog é navegar em alto mar é ver, sentir e descobrir entre tantas paisagens "letras" q encobrem os olhos de beleza e de riqueza. Eu vos digo: Navegar sim é preciso e descobrir outros mares então é uma das forma mais belas de sentir a vida! Obrigada por me permitir navegar nesse mar de emoção q é blog do Poeta (RF).
Ñ conhecia esse poeta, e quero conheço-lo mais adorei tudo q aqui li dele.

"A amada tem sob os cílios a sombra suave das nuvens".

Sem palavras...!!

Besos++Besos Poeta sorriso!