terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Para consolar: o (re)pouso duma asa da poesia

o tempo
.
em nós
separando o tempo
.
em nós
o pão separando o tempo
em nós
corta o pão separando o tempo
em nós
a faca
.

(* Max da Rocha Martins ou Poeta Max Martins, morreu no final da tarde de ontem, aos 82 anos.Seu corpo será velado no Palácio Lauro Sodré.O sepultamento está previsto para ocorrer às 15 hs de hoje, no cemitério Max Domini II)

***

9 comentários:

Anônimo disse...

nossa, os mortais lamentam,mas o céu comemora a chegada de tamanha figura...

Benny Franklin disse...

Dia triste, o de hoje.

Morre o gênio. Nasce o mito.

Perda irreparável que o mundo das letras sentirá - eternamente!

Poeta não morre, dizem... Descansa!

ALFREDO GARCIA disse...

Tive o privilégio de conviver com o poeta Max Martins quando fui bancário. Uma coisa que ele falou segue até hoje comigo.
Ao ser perguntado sobre Literatura, certa vez, ele me respondeu:
- Isso tudo é uma mentirada!
Glória a MAX MARTINS, poeta dos poetas, êmulo da Poesia, fã de Lorca e Rimbaud!
AVE, POEMA!

N.Lym disse...

Poxa, vida! E só agora através do seu blog venho conhecer o trabalho dele. Que lástima. O céu hoje se alegra.

Anônimo disse...

a literatura está mais triste...

Anônimo disse...

A poesia chora.

Elaine Valente.

Anônimo disse...

Não para consolar:a sua poesia não morreu.

Hélio Cruz.Unama.

Carmem Salazar disse...

Oi Ronaldo

Te vi agora, há pouco, nos seguidores do meu blog. Puxa... obrigada! Vim conhecer o seu e, de cara, mem deparo com as palavras afiadas (e desafiadoras) do poeta Max Martins... Lindo poema. Só agora conheci esse autor. Me lembrou "Enquanto a noite não chega", romance do escritor gaúcho Josué Guimarães, pela questão do tempo.
Voltarei para saber mais...

abraço!

Anônimo disse...

Para consolar a dor da despedida
a palavra que não cala com a morte
está além da humana existência
atemporal
sal
do corpo
que se une ao espírito
transfigurado
metaforicamente
no sopro da vida
perpetuado na poesia.
...
(Re)pouse em paz, querido Max.