quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Para sempre Verequete


No canteiro do meu peito,
despetalou-se uma flor
e para estancar o pranto,

do meu peito imerso em dor,
fiz do verbo um ramalhete
neste adeus a Verequete,
nosso mestre en/cantador!
.
Verequete da Coluna,
Verequete do Pará,
teu canto é o canto do povo
e ao tempo resistirá!


Segue com Deus, Rei-menino,
pois cumpriste o teu destino
que o igualou-te ao sabiá!
.
Escrevi este bilhete
nas asas de um passarinho
com tintas de amor e paz,
com devoção e carinho.
.
Adeus, caboclo bonito,
que o povo ao lembrar teu grito,
há de seguir teu caminho!
Despertaste em nós o orgulho
tribal dos nossos avós,
o encanto e a força da raça
expressaste em tua voz.
.
Segue em paz, Rei dos Tambores,
pois aonde quer que fores,
estarás sempre entre nós!
.
Poeta Antonio Juraci
.


***

Um comentário:

Natália Amorim disse...

Para sempre Verequete, nosso eterno Mestre, e Rei do Carimbó!
Saudações!